3 de outubro de 2018

Energia Sexual

A energia sexual está na base da nossa existência. Sem essa energia, nada disto seria possível! 

Graças à sua fluidez, alimentada pelos sentimentos, conexões, registos primários ancestrais e biológicos, nos humanos, o ciclo da vida repete-se à centenas de anos. Graças aos estímulos naturais do poder criador original, a natureza, os outros seres vivos, fazem-se acontecer através da mesma energia sexual.

Qualquer questão associada ao desconforto nesta temática, já sabemos que está relacionada com o que a sociedade nos passou ao longo dos tempos. Felizmente, hoje em dia, esta temática começa a ser algo mais natural de se tratar e explorar.

Antes de tudo convêm lembrar que, todos já fizeram sexo ou vão fazer, ou então recorrem à masturbação. O desejo, esse estímulo natural em nós, acende-se na adolescência e faz-nos descobrir um universo infinito de sensações, possibilidades e experiências. 

A educação, e a forma como os nossos pais, família, amigos e meio onde crescemos, nos passou a mensagem sobre esta temática, influencia naturalmente e directamente a nossa postura perante a mesma. Algo que se pode alterar, caso não estejamos satisfeitos com a nossa sexualidade.

Comecemos pelo principio - a energia sexual começa em cada um de nós, portanto , é algo que acontece independentemente da existência de outra pessoa ou situação na nossa vida. Se estamos bem connosco e com a vida... se nos amamos, se estamos satisfeitos com a nossa personagem aqui, então a fluidez sexual será natural e saudável. Mas, se acontecer  contrário, se existir algo que ainda não amamos, ou se ainda não estamos verdadeiramente conectados com o todo em nós, por inteiro, então aí é natural que possam surgir problemáticas associadas à forma como se canaliza esta energia.

O primeiro passo é explorar a intimidade com o nosso próprio EU.
Com que frequência sinto vontade de me tocar, masturbar, ou fazer-me sentir prazer?
Quando acontece, como é essa fluidez energética? Sinto-me bem no final? Procuro atingir o orgasmo  imediato ou permaneço tempo sem fim na fase do pré-orgasmo, sem sentir vontade de 'chegar ao fim'?

O segundo passo, caso tenha relacionamento, é tornar-se aprendiz da experiência sexual a dois.
O que sinto quando olho para a pessoa que está comigo? Sinto vontade de lhe tocar? Sinto desejo?
O que sinto quando a pessoa me procura fisicamente, sexualmente ou simplesmente num abraço ou conversa? Com que frequência sinto vontade de fazer amor com a pessoa que vive comigo?

Em situações mais complexas - se não sinto prazer no ato sexual, se não me apetece fazer amor com tanta frequência, refugio-me na masturbação? Que sinto com isso?

Em importante referir que não existe 'incompatibilidade sexual' entre duas pessoas. Isto porque, tudo começa na conexão ao outro, ao nível químico e hormonal, emocional e espiritual. Caso não exista uma fluidez sexual natural, havendo boa conexão entre um casal, então a problemática poderá ser do foro orgânico, ou seja, poderá estar relacionado com alguma questão física da pessoa.

O que existe a fazer?
Antes de tudo a boa, saudável e feliz comunicação entre o casal.
Depois de se descobrir que existe algo a fazer para melhorar essa fluidez da energia sexual, AMBOS deverão assumir o compromisso em garantir o trabalho individual necessário à criação do bom alicerce que compõe o eu, como individuo isolado. Isso pode implicar mudança de hábitos e uma jornada verdadeiramente transformadora de cada um.
Numa segunda fase, então sim, deverão investir na descoberta a dois da experiência em conjunto, dentro desta temática.

Nas minhas consultas, nos meus trabalhos na temática da sexualidade, noto que, tal como em todas as restantes áreas que consideramos importantes para a nossa feliz concretização aqui, as pessoas envolvidas tem tendência em descartar responsabilidades para cima do cônjuge. Apesar de perceberem que existe algo a tratar e, como envolve o trabalho individual, normalmente a primeira reacção é fugir! Arranjar milhentas desculpas para se escapar ao essencial!

Mas, meus queridos humanos inteligentes e sexuais, não somos partes, não vivemos em fragmentos... não nos fazemos acontecer por blocos - somos um todo em simultâneo, um acontecimento que reúne a totalidade do nosso ser, por isso, sempre que tratarmos alguma temática na nossa vida, teremos de ter em conta este aspecto, indispensável à boa concretização do eu, caso contrário correremos o risco de permanecer à margem da verdade existencial e do propósito que temos aqui - viver-nos, experienciar-nos, fazer-nos acontecer por inteiro!

Portanto, para a energia sexual acontecer fluidamente, deverás:
- estar bem contigo mesmo, amar-te e fazer o que sabes que tens de fazer para manter isso no nível ideal (desporto, meditação, alimentação saudável e tudo o que gostas de fazer e te faz sentir bem...)
- abrir o teu coração à conexão com o outro, tendo por base o amor e o sentimento que sentes, sendo transparente, verdadeiro e atento

Volto a frisar - 1º Trata de ti e só depois poderás partilhar devidamente com o outro o que em ti é natural e verdadeiro.

Não adianta remar contra a maré se, em algum caso sentimos que nós fazemos a nossa parte e o outro não está comprometido com isso, quando se trata de uma problemática no relacionamento. Neste caso, o ideal é focarmos a nossa atenção no trabalho individual, para que, através do exemplo, das boas falas... dos bons comportamentos... da assertividade alcançada com todo o trabalho individual, se possa transparecer o que querermos ver no outro naturalmente.

Resumindo, se existe algum problema nesta temática na tua relação contigo mesmo ou no teu relacionamento, antes de tudo toma a decisão de FAZERES O QUE SABES QUE TENS DE FAZER POR TI, antes que seja tarde demais!

Foi útil esta dica?

Alguma questão sobre esta temática, ou marcação de consultas ou terapia, fala comigo.
jcaeiro@live.com ou 960 059 885

Dia super feliz.

Abraço-te em paz e amor 💓

Joaquim Caeiro
Psicoterapeuta da Alma & Life Coach
www.jcaeiro.blogspot.pt

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