31 de outubro de 2018

Consciência Plena

Quando nos apercebemos que tudo acontece neste exacto momento, aceitamos a possibilidade da perfeição. É aí que aprendemos a deixar fluir e a gastar menos tempo e energia na tentativa de controlar ou manipular, seja o que for!

Foi em 2004/2005 que dei os primeiros passos na prática diária da meditação e facilitação a grupos. Cada sessão individual e de grupo, representava para a mim um salto quântico interno. A entrega e a fidelidade com que me dedicava à prática meditativa, promoviam em mim uma sensação de fonte inesgotável e infinita de possibilidades. 

Posso dizer que, a única referência que tive de meditação e que me empurrou para esta realidade de paz e amor, foi o Dr Brian Weiss. Através dos seus cd's, contactei, de forma mais presente e madura com esta prática que se revelaria mais tarde a plataforma da minha liberdade pessoal.

No inicio, a dificuldade em tornar real o que era pretendido, boicotava todo o processo e isso fez com que aprendesse a 'largar' a necessidade de 'querer' algo mais. Foi aí que percebi que, mais do que desejar acrescentar ou alcançar seja o que for, o que é verdadeiramente importante e essencial é estar e ser na presença e no papel do 'não desejo', da presença consciente ou testemunha plena.

Com essa descoberta, fui obrigado a começar a canalizar as minhas orientações de forma a que o participante percebesse a importância desta condição. A minha grande aliada foi, sem sombra de dúvidas a respiração consciente, que começou a fazer parte das minhas práticas individuais e de grupo e nos atendimentos em gabinete.

Então, passo a passo, comecei a encaminhar as minhas meditações na direcção do presente, onde o objectivo principal seria a construção de capacidades para nos tornarmos testemunhas de nós mesmos e de tudo o que nos envolve. Pequenos exercícios, como o sentir a água nas mãos, a brisa no rosto, observar a chama de uma vela ou mesmo olhar simplesmente para o horizonte, testemunhando apenas, tornaram-se os guiões da minha evolução interna. Percebi que, mais do que, inventar histórias... ou criar cenários idílicos, para relaxar, era importante trazer as pessoas ao agora presente - algo que só se consegue com a própria prática do presente.

Hoje, ao falar com uma senhora, falei em meditação, ao que ela reage muito assertivamente dizendo - 'eu sou mais da onda da mindfullness'! Fazendo surgir esta questão - Mas ser testemunha plena, ou praticar consciência plena da nossa presença não é o mesmo que Mindfullness?!!

Agarrados aos rótulos e à moda, de uma espiritualidade que surge numa era demasiado informativa, precisamos prestar atenção à coerência com que actuamos e fazemos as nossas escolhas!

É natural que, ao longos de milénios fomos assombrados com o medo de sermos manipulados por seitas, religiões fundamentalistas e afins, que nos tornou desconfiados e bastante definidos no que toca às escolhas nestas matérias do desenvolvimento pessoal/espiritual. No entanto, deveríamos questionar-nos o quanto estamos as ser verdadeiros e coerentes ao escolher algo que se tornou uma moda - fazê-mo-lo por ser moda, ou fazê-mo-lo realmente porque entendemos o seu propósito e essência?

A grande diferença entre duas pessoas que falam da mesma temática, prende-se com a vibração que cada um emana. Vibração que está de acordo com a experiência viva em si mesmo da própria temática. Um professor que fale sobre a sua própria história de vida e o que o levou a determinada consciência, emanará naturalmente, uma vibração mais inteira, real e verdadeira na sua partilha. Já um professor que apenas fala de uma experiência que alguém lhe explicou ou fundamentou como algo determinado, emanará uma vibração mais superficial e menos real!

Com isto, apenas quero dar um alerta para a forma como nos entregamos a caminhos que escolhemos e escolhas que fazemos. Tudo está certo e tudo tem um lugar na vida. O importante, é sabermos, no mais profundo do nosso ser, o que realmente desejamos para nós próprios...

Aos 16 anos, vivi a experiência quase-morte que me mostrou algo mais.
Aos 33 anos, perante uma experiência vivencial de 22 dias em Cuba, senti-me a renascer e acedi novamente ao meu interior e a registos semelhantes aos que tinha acedido aos 16 anos. 
Nessa altura percebi o que deveria fazer com esses registos - torná-los no meu comando principal, na minha bússola da verdade!
Agora as 44 anos, sinto que sou abençoado, por ter sido escolhido por mim mesmo, para fazer este trajecto à verdade existencial... a algo que quase me atrevo a chamar - código da evolução humana.
Um acesso que se traduz em algo maior. Uma espécie de véu que se desvanece e vai mostrando a seu tempo, em equilíbrio natural e fluido a sua essência maior. Sinceramente, é com humildade, amor e gratidão que me sinto de mãos dadas com a fonte! Algo que me impulsiona cada vez mais a torná-lo real com todos os que me procuram!

Por isso, posso não ter passado por escolas ou formações que ensinam Mindfullness, mas tornei-me desde há 10 anos para cá a experiência viva e real da consciência plena!

O meu propósito aqui é ser!
A minha missão é partilhar como tornei isto real e sóbrio.
A minha postura é de eterno aprendiz de mim mesmo - mim mesmo, como 'aquilo' que está para lá do 'mim'... muito além do 'eu'!

Convido-te a embarcares nesta aventura - aceitas tornar-te APRENDIZ DE TI MESMO e aceder à FONTE PRIMORDIAL?

Se a resposta é sim, fala comigo! Posso caminhar contigo lado a lado, de mãos dadas e mostrar-te como se faz!! ;-)

Grande abraço meu irmão que me lês e me sentes!

Joaquim Caeiro
Life Coach | jcaeiro@live.com.pt

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