6 de março de 2021

A cura está em ti

A cura para os nossos dramas internos, não está na prática do Yoga, da Meditação, de Cursos ou Retiros - está na condição desinteressada com que o fazemos, cientes de que tudo isso é apenas um meio para chegar à verdade essencial.


Existem vários tipos de pessoas e vários tipos de necessidades. Existem as pessoas que já possuem o conhecimento e precisam fazer o que é importante fazer - parar, olhar para dentro e usar esse conhecimento a seu favor, colocar em prática a teoria apreendida.

Existem as pessoas que precisam de adquirir conhecimento e na sua sede de procura muitas vezes entregam-se a caminhos viciados e círculos fechados - essas pessoas deverão antes de tudo procurar orientação para a 'linha' ou caminho a seguir na procura desse conhecimento. De forma a não ir contra a sua essência.

Existem pessoas que simplesmente são o que são e não sentem necessidade de procurar conhecimento algum, porque o que usam e obtêm de si mesmas é suficiente.

Talvez estas últimas estejam mais perto da verdade existencial humana - ser eles próprios. Seja como for, tudo está certo e a verdade existencial da grande matrix, que nos mantém conectados, exige que continuemos... seja de que forma for....

Por isso, antes de gastar rios de dinheiro a fazer formações só porque é moda ou tendência, investe antes de tudo na auto-descoberta da tua própria essência e irás perceber que 99% do que procuras fora está em ti!
(O 1% que falta, corresponde à ligação natural que temos com o mundo e com todos 
🙂
 - só isso é suficiente)

Mas se precisares definir trajectos para a tua vida, desenvolvi mecanismos e exercícios que te ajudarão a perceber qual será a melhor escolha a fazer neste teu percurso de desenvolvimento pessoal e espiritual.

jcaeiro@live.com.pt

Vidas passadas ou Restícios do passado?

Muitas vezes, antes do meu despertar, confrontei-me com esta questão sobre 'vidas passadas':

- seria possível eu ter vivido uma outra vida integralmente... ou será que o que sentia e ressoava eram apenas pequeníssimos fragmentos de memórias aleatórias, que, pelo facto de estar disponível para as 'ver' e 'sentir', se tornavam mais vincadas e significantes?

Sempre que ouvia alguém justificar a sua vida actual com o 'carma', pensava - 'Que raio de divindade existe a governar isto tudo, que nem uma vida completa nos deixa viver sem termos que cá voltar com restícios de um passado que nada tem a ver com este tempo??'

À medida que ia praticando a meditação, o meu ser aprofundava a clareza sobre esta matéria. Até que um dia, tudo foi integrado e esclarecido (ou pelo menos assim acredito) - ao viver a lembrança da minha experiência quase-morte dos 16 anos, já com uma maturidade completamente diferente, percebi que sou/somos a própria divindade criadora e que não existem 'vidas passadas' e sim minúsculos fragmentos celulares, que nos ligam e fazem sentir a conexão com os nossos antepassados.

Somos, respiramos, vibramos, em nós, partículas e fragmentos dos nossos antepassados que por aqui passaram - desde o Buda, ao Hitler! De alguma forma, através da frequência vibratória, é criada uma matrix ou rede de conexão, que nos torna UM. Ou seja, quando morremos, apenas nos transformamos - a nossa essência original energética ou alma, permanece igual a si mesma - apenas retorna a casa... que é a fonte primordial.

Nessa fonte, onde não há identificação, personalidade ou ego, tudo é integrado e 'misturado' ou associado ao que vibra de forma semelhante. Tudo isto naturalmente tem uma base de experiência muito profunda em mim, caso contrário seria difícil chegar a este tipo de conclusão.

Ainda me lembro do momento em que senti o chão a sair-me debaixo dos pés, quando assimilei a possibilidade de que tudo o que acreditava antes estava 'errado'... e que o facto de isso acontecer, obrigar-me-ia a assumir de vez a total responsabilidade sobre esta existência.

Talvez tenha sido uma forma que arranjei para explicar o que não conseguia explicar - seja como for, prefiro permanecer nesta linha de crença, que é mais 'palpável' e próxima do que sou AGORA, do que basear uma vida inteira em crenças que nada tem directamente a ver com o presente actual.

Mas isso sou eu, que escolhi ser livre!
Tu podes escolher manter-te na tua crença, se isso te der paz, amor e se te permitir viver a vida em total harmonia e felicidade.

Lembra-te que és o que acreditas que és.
Se a tua crença se baseia na ideia de que, para viver o amor e a liberdade precisas sofrer, então será isso que irás viver - atraindo mais do mesmo com a repetição do registo comportamental.

Se a tua crença se baseia na ideia de que JÁ ÉS livre e inteiro, então será isso que irás experienciar - atraindo mais do mesmo com a repetição do registo comportamental.

És tu que decides! És tu que caminhas. És tu que sentes.

Joaquim Caeiro
Psicoterapeuta da Alma