19 de dezembro de 2020

O relógio do universo. O movimento da vida.

Desde os tempos mais antigos e desde que nos sabemos humanos pensantes e lógicos, que olhamos os céus com profundo respeito, curiosidade e até algum misticismo devido à sua imensidão e desconhecimento do mesmo.

Através dos movimentos cíclicos dos astros, percebemos que o próprio céu/universo tem vida própria e o seu próprio ritmo. Como nunca poderíamos provar o que veio primeiro, se a galinha ou o ovo, então decidimos criar estratégias na observação do universo, tendo por base a consciência que temos de nós próprios aqui, como humanos.

Criámos os signos, demos nomes às constelações e aprendemos a ler os seus movimentos. Aprendemos a associar os movimentos dos astros com os nossos próprios movimentos terrestres e inventámos a astrologia e tantas outras abordagens ao universo.

Com tanto entusiasmo e envolvência, esquecemos que a existência da própria estrutura interpretativa do universo, nasceu da mente humana, condicionada e projetada de acordo com a sua perspectiva limitada e exata.

Sedentos e saudosos da morada principal, ao que chamamos 'fonte', deslizámos na corrente dinâmica do ego, esquecendo que talvez o mais importante fosse ser, em vez de procurar corresponder ou fazer parte.

Hoje, naquilo a que chamamos de despertar e expansão de consciência, incluímos a influência dos astros como principais comandantes de toda esta conjuntura ilusória, quando foi da mesma conjuntura que a sua própria definição emergiu.

Tudo está certo. O próprio universo tem o seu próprio relógio e velocidade. Cada um de nós, em si mesmo, representa uma expressão única desse mesmo universo, livre e com o seu próprio ritmo. Mais importante que responsabilizar os astros pelo nosso comportamento, é assumir e aceitar a possibilidade que tudo não passa de um jogo dramático do ego identificador. E, que o próprio universo nada tem a ver com o que somos e fazemos como «egos» ou humanos, mas sim com o que somos e fazemos como expressões ou centelhas puras do próprio universo.

Há centenas de anos que aspiramos a materialização daquilo a que chamamos de «destino óbvio» - a experiência real da verdadeira essência que nos sustenta como existências espirituais. Desejamos de alguma forma que, uma força maior que a nossa própria força se movimente e crie aquilo que na nossa mais pura e profunda essência almejamos - a experiência aqui na terra, da totalidade do que somos como existências de alma viva e eterna. Ou por outras palavras, a expressão viva de Deus. E sem nos apercebermos, acabamos por abafar a possibilidade de nos lembrarmos que JÁ O SOMOS em tempo real, aqui e agora, em cada pulsar... em cada pensar, sentir ou movimento.

É certo que, ciclo após ciclo, temporadas após temporadas e episódios após episódios em toda esta conjuntura humano-ilusória, referimos estar à beira de uma transformação profunda e real... vivendo o tempo ideal para que isso se possa manifestar. Não fosse essa a essência da própria consciência do tempo real, entre o acontecimento homem e o acontecimento universo, já teríamos mais que razões de sobra para sermos livres, inteiros e viver num mundo de paz e amor e reconhecer esse 'deus' como algo natural e real.

Sim, é certo que os nossos ancestrais, mais próximos da ligação realmente fidedigna à vida, à terra, e ao sentir, souberam abrir as portas da lógica e da explicação sóbria para o nosso acontecimento aqui. Mas, não deveríamos nós ter aproveitado isso para hoje podermos viver na plenitude daquilo a que chamamos verdade essencial? O que foi que nos escapou? Porque será que continuamos com o mesmo sentimento de que 'o futuro' próximo é que será o 'certo' para expandir consciências e mudar o que queremos ver alterado no mundo?

Não será a nossa demasiada arrogância enquanto seres pensantes, que nos inibe de alcançar a verdadeira razão pela qual estamos aqui? Não será esta dinâmica permanentemente ativa do ego que nos envolve e mantém no jogo da ilusão?? Porque será que ainda não entendemos que o próprio universo está e é em nós, e que o modo como influencia o nosso rumo enquanto humanos na terra, depende ele também da nossa própria e única interpretação como seres individuais e como um todo coletivo?

Os ciclos dos astros sempre existiram e sempre irão existir. Os seus alinhamentos, conjunturas, movimentos e danças celestiais, far-se-ão acontecer para todo o infinito, respeitando apenas a sua própria dinâmica de movimento natural. Continuando e perpetuando as suas luminosidades, explosões e ações, com a naturalidade e verdade da sua própria essência como universo vivo em movimento. 

Nós, aqui na terra, humanos que observam e pensam, somente nos limitaremos a conjugar padrões e ciclos com as vontade e desejos do ego que ambiciona o retorno a casa. Conjugações que sempre farão sentido de acordo com a nossa própria evolução de consciência, que se traduz como um produto somente nosso! Porque na verdade, haveria justificação para desejarmos 'voltar a casa', se a vivêssemos neste agora que nos assiste?

Esta ideia de que 'está para chegar o tempo da verdade', ou que 'está para se formar a conjuntura ideal para a mudança que queremos ver no mundo, não passa de mais uma estratégia cobarde do ego individual e coletivo em permanecer na condição de prisioneiro de uma ação que o pode transcender a si mesmo!

Com tudo isto, acredito que, sim estamos ligados e SOMOS UM, como humanos. Tal como o próprio universo está ligado entre si e é UM em si mesmo. E tal como nós estamos ligados ao próprio universo através das nossas percepções e conjunturas idealísticas. Mas que, no final, só a nós caberá a possibilidade de definirmos e ajustarmos o nosso destino como humanos aqui na terra. O próprio universo já se definiu... e na sua harmonia 'in-conceitual', fazendo-se acontecer cumprindo o seu propósito principal - existir!

Desde os tempos dos meus avós, ou seja, desde que me conheço como gente, que ouço histórias de 'fim do mundo', ou de que algo se irá alterar em data X ou período Y. As mais recentes e bem badaladas teorias do 'fim' foram a do ano 1999 para 2000 e depois de 2011 para 2012. Agora, e porque coincidentemente a humanidade já tinha esquecido o que era viver a nível global uma ameaça eminente à sua espécie (sempre nos julgámos superiores e indestrutíveis), o ano de 2021 avizinha-se como o ano de revelação máxima... e da ascensão a algo maior, não fosse esse ano correspondente ao ano que se segue a uma experiência atípica da humanidade - 2020, o ano que nos obrigou a rever os nossos moldes de vida e prioridades. O ano que nos fez perceber que, somos meros figurantes de uma grande representação em que o papel principal ficou entregue ao equilíbrio e harmonia entre todas as partes envolvidas.

Portanto, vamos deixar-nos de merdas e preconceitos baratos e acabar de uma vez com esta condição que nos mantêm reféns de nós próprios e aceitar que, apesar de estarmos num cenário que nos mantém ligados a tudo e a todos, pela consciência, discernimento e inteligência, cabe a cada um de nós traçar o seu próprio destino e criar o seu próprio relógio rítmico de vida. Porque alinhamentos, constelações, movimentos dos astros sempre existirão e nós não!

Joaquim Caeiro - o Pensador

6 de dezembro de 2020

Vida e Morte

 

Vida e Morte

Existe um pulsar de vida constante em cada um de nós, que não nos deixa acreditar que existe um fim. Sentimos, vivemos e experienciamos cada momento na ilusão de que temos todo o tempo do mundo para chegar onde queremos chegar… e ser o que desejamos ser. Mas, tudo não passa de uma ilusão! Ilusão condicionada pela necessária limitação do ego criador, para que possamos ser ‘pessoas’ aqui.

Em cada pulsar, retemos parte do cosmos em nós.

Em cada sentir, consciencializamos parte do universo em nós.

Em cada suspiro, expandimos parte do Deus em nós - esse famoso criador que também cria, destruindo.

Quem somos nós afinal aqui, senão meras existências animadas pela razão e condicionadas pela voz interna do coração?

Quem somos nós afinal? O que somos nós?!

Somos apenas formas de vida como tantas outras.

Somos como a árvore, como a flor, como o gato, como o cão, como o oceano, como a floresta – somos, na sua essência apenas VIDA!!!

O que nos define e distingue das demais formas de vida, é a consciência, a capacidade de raciocínio e a noção que temos disso mesmo.

Mas, será isso uma vantagem, ou uma ‘maldição’?

Ao sentir, ao saber que sentimos, ao tomar consciência e ao ser em ou fora dessa mesma consciência, abrimos portas ao bem-estar, à felicidade, à alegria, à irmandade, à vida. Mas também, abrimos portas à sombra, à infelicidade, à guerra e à morte.

Então, talvez exista algo a perceber em todo este cenário caótico impermanente ao qual chamamos vida – se nos foi dada a possibilidade de viver cientes do que somos e/ou podemos vir a ser, então estará implícita, mesmo que de forma subtil e disfarçada, a capacidade de assumir o comando no que diz respeito ao que fazemos com a vida e consequentemente com esta personagem a que chamamos ‘eu’.

Inevitavelmente, quer queiramos ou não, ou saibamos lidar ou não, dentro de cada um de nós existe uma noção de ‘fim’. Mesmo que teórica e aparentemente longínqua, todos sabemos que um dia esta experiência terá um fim! Mas quando? Porquê? Que sentido todo este caos cria para que cheguemos à necessidade de refletir sobre a nossa missão aqui?!!

Peritos na criação de fugas, mestres na elaboração de estratégias para fugir ao sofrimento perpétuo, criámos o ‘além’, como lugar onde se dará o encontro com todos os que já deixaram esta experiência! Mas… até isso é a expressão mais pura de um ego iludido pela necessidade de criar conforto e apaziguamento interior.

Hoje e todos os dias da nossa vida, infelizmente, lembramos aqueles que mais amamos e que já não estão entre nós. Hoje e todos os dias, saberemos, no mais profundo do nosso ser que esses, que já se fundiram com o ‘além’… o ‘céu’ ou retornaram à fonte primordial, mais do que nunca residirão bem dentro de nós, no nosso coração e na nossa lembrança. E só essa certeza temos!

Então, talvez seja importante começar a olhar para a vida como um simples suspiro, um simples pulsar, um simples sentir, que nunca se repetirá! Talvez seja necessário e «urgente», aprendermos a VIVER o melhor e total de nós o mais possível, para que possamos reter o melhor e maior de todos os que mais amamos em nós, no caso de uma partida, que será sempre inesperada e sofrida.

Sempre que a morte me surge por perto, seja por alguém que ame, ou alguém que conheça e estime, sou levado ao silêncio da consciência, esse lugar onde apenas cabe Deus e Eu. E relembro que, tudo não passa de uma ilusão, tudo não passa de um jogo, em que a personagem, as regras do jogo e o próprio jogo são o próprio Deus e Eu – UM SÓ!

Depois de vários contactos próximos com a morte, aprendi/relembrei/criei a crença de que, a vida é apenas vida. A vida é somente um pulsar existencial, tal como o que acontece com a flor, com a árvore e com todas as formas de vida. O único aspeto que a torna diferente para nós, é a possibilidade de termos consciência da mesma.

Então a morte, é o abandono do papel… a saída do placo… o fim da representação do guião, por esta personagem que ganhou um nome, um eu, uma história e um propósito, instituídos pela própria consciência de si mesmo e por todas as consciências à sua volta.

Não existe destino – isso é algo criado por nós mentes conscientes.

Não existe um propósito ‘especial’ – isso é criado pelo nosso ego fazedor.

Não existe uma condição especial para os humanos, como experiências vivas – isso é apenas fundamento da ilusão da separação pela consciência ou, neste caso falta dela!

Somos e vivemos o fruto das nossas escolhas e ações. Escolhas e ações que podem ganhar um sentido completamente diferente se o alinhamento da verdade mais pura em nós for vigente e real. Sabendo que, mesmo assim, não invalida que, nesse alinhamento não exista a possibilidade de eu terminar este artigo e cair para o lado completamente inanimado!!

Por isso, escolho viver em verdade, na crença que Deus e o ‘além’ está e é em mim neste momento. Escolho viver a experiência desta personagem chamada ‘Joaquim’, com todo o amor e gratidão, na consciência das suas sombras internas e elevando sempre e cada vez mais a sua luz maior. Escolho viver a consciência da essência da própria vida, já que na morte essa consciência não existirá! Escolho e com orgulho me tenho como um simples pulsar existencial semelhante a qualquer outro ser vivo… porque ser além do ‘humano’, ser além do ‘ego’, permite-me saborear a verdadeira essência do aqui e agora.

Sê. O resto são detalhes!

www.jcaeiro.blogspot.com | jcaeiro@live.com.pt | 960 059 885 (watsap)

 

 

 


11 de julho de 2020

Curso Hipnose Método JC


☆ CURSO HIPNOSE MÉTODO JC | SETEMBRO 2020

O que é?
A HIPNOSE é um estado de relaxamento profundo, concentração e atenção focada.

Como funciona?
Tratamento curto, centrado na solução, que utiliza os recursos subconscientes do próprio cliente para resolver os seus problemas somáticos e/ou psicológicos.
O processo de hipnose envolve a mente profunda e o relaxamento corporal. Após a fase de relaxamento, há um estado alterado de consciência que leva a um foco elevado. Esse foco aumentado, por sua vez, resulta numa maior susceptibilidade à sugestão.
A Hipnose é um método muito eficaz que pode ajudar a resolver uma grande variedade de problemas. Pode ajudar as pessoas a melhorar qualquer área da sua vida pessoal e ser usada como complemento de outros tratamentos (psicoterapia, quimioterapia, fisioterapia, etc.)
A minha abordagem é centrada na crença de que cada pessoa possui a sua própria capacidade única de se curar e resolver problemas. Assim, o hipnoterapeuta simplesmente facilita o processo criativo individual e único .
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CURSO DIRECCIONADO A TERAPEUTAS, PROFISSIONAIS DE SAÚDE E TODOS OS QUE SENTIREM O CHAMAMENTO NESTA ÁREA.
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ONDE PODE ACONTECER ESTE CURSO?
- Lisboa, Faro, Porto, Évora, Carcavelos

PERIODICIDADE
- Um fim de semana por mês

DURAÇÃO
- 7 meses

Mais informações: jcaeiro@live.com.pt

10 de julho de 2020

Curso Método Joaquim Caeiro


☆ CURSO GERAL MÉTODO JOAQUIM CAEIRO
☆ INÍCIO EM SETEMBRO
☆ 2 FORMATOS: ONLINE E PRESENCIAL

Informo que estão abertas as inscrições para o meu curso geral que reúne tudo o que sou e tenho vindo a criar/desenvolver ao longo de todos estes anos de trabalho em gabinete, eventos e pessoalmente.
Os requisitos essenciais para fazeres parte desta jornada é QUERERES REALMENTE MERGULHAR NA ESSÊNCIA DO QUE ÉS!!

☆ TERAPIA HOLÍSTICA INTEGRATIVA E SISTÊMICA.
☆ HIPNOTERAPIA
☆ MEDITAÇÃO
☆ PSICOTERAPIADA ALMA
☆ TANTRA
☆ COACHING
☆ MASSAGENS
☆ OUTRAS TÉCNICAS TERAPÊUTICAS

INSCRIÇÕES/INFORMAÇÕES:
jcaeiro@live.com.pt ou 960059885 (watsap)

7 de julho de 2020


Quando o céu faz silêncio!


O céu está silencioso... e baixo.
Nas suas pulsações sinto o meu ser conectado. Respiro a sua presença com respeito, amor e gratidão.
O ser humano extrapolou o seu limite. Esqueceu-se que também é céu.

Sinto a força da luz maior a atuar.
Resigno-me com amor e gratidão, apenas à expressão do self. Porque nada mais existe a fazer.

Vida e morte. Movimentos inconstantes e impermanentes da grande egrégora existencial humana.
Expressões inconscientes da mente coletiva, assumem contornos que espreitam a loucura sem sentido... a loucura desenraizada da razão que justifica o devaneio...

Somos, sou, és mais do que aquilo que os teus olhos enxergam...
Somos, sou, és muito mais do que aquilo que a mente mostra. Mesmo que essa 'amostra' seja muito próxima da verdade, nunca SERÁ em si mesma a pura verdade. Roça apenas o conceito de verdade...

É tempo de parar e SER. Ser apenas o que está ao alcance de cada um, na mais pura e genuína expressão do self. Sem rodeios, tretas ou reservas!

💗

7 de março de 2020

Conexão ao Essencial | Experiência Imersiva no Básico


Proponho para esta semana da Páscoa uma aventura à consciência do básico onde iremos confrontar a nossa sombra, os nossos medos mais profundos e experimentar o renascimento ou rendição.

Retiro em tendas perto do grande Lago do Alqueva em Monsaraz.

Mais informações: jcaeiro@live.com.pt

Encontro com o Silêncio | Retiro


Os retiros são sempre uma forma de nos reconectarmos com a lembrança do que somos aqui.
Seja a nível individual ou em grupo, a nossa alma, corpo, mente e coração celebram a possibilidade de podermos avivar a chama da vida em nós através deste tipo de actividades.

Os meus retiros caracterizam-se pela experiência real do AGORA, criada através da atenção plena, meditações, caminhadas, dança, expressão corporal, êxtase/tantra, samadhi, silêncio e alimentação vegetariana ou crudívora.

Neste local - POMAR DA SERRA - um santuário especial criado por Harida e Nartan para estas experiências e onde decorre anualmente o Festival do OSHO (www.oshofestivalportugal.com), vamos poder aprofundar a conexão ao silêncio interior e perceber que papel ele desempenha na construção de um alicerce harmonioso e feliz.

Uma oportunidade fantástica para te re-ligares à tua essência mais pura e fortalecer os teus alicerces!

As inscrições deverão ser realizadas através dos contactos habituais até ao dia 25 de Abril!
jcaeiro@live.com.pt ou 960059885 (sms)

AINDA TEMOS ALGUMAS VAGAS POR PREENCHER!!!

Alimentação Saudável e Viva? Sim, obrigado!


Olá 😊
Se estás a ler este artigo, é sinal que amas o teu corpo e te interessas por este universo da alimentação saudável e feliz.

Como bom alentejano que sou, sempre fui um bom garfo.
Foi só de há uns anos para cá, após o meu despertar e ao começar a vibrar uma consciência diferente, que comecei a prestar mais atenção ao que ingeria e à importância de nutrir convenientemente este corpo que me faz acontecer aqui. Sabia que a harmonia energética das minhas células dependia a 100% da alimentação que praticava e dos restantes hábitos diários que tinha.

Apesar de uma maior consciência, tinha alguma dificuldade em manter um certo registo mais saudável de acordo com a consciência que já vibrava, e foi através de uma necessidade relacionada com a saúde - o ressonar e a apneia do sono - que me obrigou a assumir um verdadeiro compromisso com esta temática que é a pedra basilar da nossa boa fluidez aqui.

Ao começar a praticar a meditação diariamente, percebi que lentamente o meu corpo se ia libertando de desejos e caprichos associados à necessidade de compensação emocional. Atingi uma maior clareza após começar a observar a relação entre determinado apetite e a emoção ou memória que vibrava na altura. 

O tempo foi passando e foi só ao fim de uns quantos anos, quando tive o Monte da Fonte, que me foi permitido (porque assim o decidi e co-criei) viver em tempo real experiências relacionadas com esta temática.

Ao longo de 5 anos, enquanto residente e responsável por um registo e filosofia de vida experimental e direccionada para a essência do ser, lancei a mim mesmo, e junto daqueles que me acompanharam, desafios, experiências e acções que me permitiram aprofundar e conhecer mais de perto esta correlação do alimento com o corpo. Desde os jejuns até 7 dias, retiros de silêncio de 21 dias onde a alimentação basicamente era crudívora e jejuns intermitentes, a experiências de sobrevivência onde teríamos que criar condições no cérebro-coração para arranjar forças e dinâmicas que prolongassem a saciedade com uma simples amêndoa, vivi experiências reais que me fizeram perceber que, o corpo, a vida e tudo o que somos enquanto humanos depende do género de alimentação que praticamos.

Nesta condição de eterno aprendiz, observador, acreditando que acima de tudo devemos respeitar este corpo que sempre se adaptou a todas as porcarias e inconsciências praticadas ao longo da nossa história de vida, decidi que teria de realizar o caminho de forma gradual e muito lúcida, e é o que tem vindo a acontecer até aos dias de hoje!

Naquele laboratório chamado Monte da Fonte, eu percebi a um nível profundo celular como podemos viver da luz. Senti na pele, nas entranhas o poder da liberdade do pulsar original relacionado com o verdadeiro alimento AMOR. E naqueles momentos, tomei a decisão de realizar um caminho nessa direcção, de forma a poder ter elementos e condições para ajudar outros a fazer o mesmo, caso sentissem necessidade disso.

Não segui ninguém perito no assunto. Não li livros acerca do assunto. Nem tão pouco procurei ajuda.
Apenas fui estudando o meu corpo e a ligação deste com o alimento.
Hoje em dia, e devido ao chamamento interno da minha própria luz, conjugado com factores associados à vida, sinto-me empurrado para a realidade cada vez mais próxima do que é viver verdadeiramente saudável a todos os níveis - além da alimentação saudável, garantir que o meu corpo e ser vibram a todos os níveis e áreas da vida essa mesma harmonia e felicidade.

Ao escrever este texto, quero marcar de alguma forma este tempo da minha existência por estar a tomar decisões importantes no que toca à minha alimentação.
Sei que o que faço actualmente desde há uns anos para cá é bastante próximo do saudável e feliz, mas sei que posso fazer mais ainda e isso obriga-me a dar determinados passos...

Quando amamos o corpo e vibramos uma consciência em verdade, uma das coisas que começamos a perceber é que, nessa condição deixamos de dar preferência a alimentos processados e passamos a escolher os alimentos que mais nos lembrem a vida. Percebemos igualmente que, cada célula, cada orgão interno sustenta-se pela variedade desses alimentos vivos.
Além disso e talvez o mais importante de tudo, sentimos na pele que o corpo já não quer alimentar-se de coisas que representem a energia da morte (carne), pois no ponto de vista do processamento celular, morte significa morte e o que desejamos é viver.

Hoje, quero partilhar convosco este passo, como uma afirmação que, apesar de ser um estilo de vida já natural e que tem evoluído de forma gradual, sinto que se vai intensificar a partir deste momento.

Vou usar este blog para ir partilhando as minhas experiências alimentares, bem como outras que vou criando por aí, mas sobretudo gostaria que soubessem que, estou disponível para vos dar a mão e ajudar/orientar/partilhar o que comigo tem ressoado em verdade e contribuído para uma liberdade de ser cada vez maior!

Alguma questão estou aqui.

Gratidão por estarem desse lado!

Abraço-vos em paz e amor 💗

12 de janeiro de 2020

Alcoolismo


Falar ou escrever sobre alcoolismo ou o que faz as pessoas ficarem presas ao vício da bebida, envolve uma complexidade de temas que, não sendo referidos, o conteúdo tornar-se-ia falso ou irreal! 

Influências parentais, hábitos familiares, emoções recalcadas, infância perturbada, violações sexuais, carências afectivas ou financeiras, e tantos outros elementos e aspectos da vida, podem ser perfeitamente a causa e a raiz do vício - uma espécie de 'maldição' difícil e quase impossível de se curar!

Lembro-me que o meu pai me disse aos 15 anos, quando comecei a trabalhar carregando fardos de palha, que deveria seguir o exemplo dos outros homens e beber um copo de aguardente pela manhã cedinho, se quisesse ser um homem com H grande! Ainda consigo lembrar-me da sensação de poder associado ao acto de beber a aguardente e o prazer que sentia ao ser acolhido no grupo dos mais velhos.

Falar desta temática obriga-nos naturalmente a falar de emoções, de auto-aceitação e inclusão.
São as emoções que nos movem e a ideia que criamos de nós próprios no mundo e em nós próprios, que nos tornam uma coisa ou outra. A ideia de ter de fazer parte de um sistema social aparentemente 'normal', leva a maior parte do ser humano a esconder-se até de si mesmo, por vezes, uma vida inteira.

Sensíveis, honestos, no que toca ao carácter e à persona em si e julgados na maior parte das vezes pelos que mais amam, estas pessoas vivem uma realidade interior distorcida e fragmentada.
Distorcida, pela forma como em si mesmos se auto-projectam e criam expectativas sem fundamentos. Fragmentada, pela forma como a acção mental e emocional se processa - adulterada pelos picos de euforia livre e pela ilusão densa que o subconsciente vai criando episódio após episódio.

Mas existe uma cura para esta situação?
Acredito que sim.

Ao longo de alguns anos, colaborei com a Clínica Dr. Manuel Pinto Coelho que tratava toxidodependentes e, devido a toda experiência já vivida com familiares próximos, senti-me 'puxado' para um maior entendimento e disponibilidade, no sentido de encontrar uma saída para estas pessoas que se vêem encurraladas pela sua dependência. Aprendi a escutar e a observar mais estas realidades, com o intuito de tentar ajudar quem estava próximo.

Mais tarde, após o meu despertar, foi-me concedido o entendimento que, para haver cura, teria de haver nova programação a nível neural/celular. Programação de novos comportamentos, acções, escolhas, hábitos e cenários.
Os valores, crenças e a forma como a estrutura emocional e neural funcionam, são aspectos a ter em conta, para se criar o alinhamento nessa mesma programação.

Existem algumas comunidades e instituições que foram criadas para este efeito, em que procedem a desintoxicação através de medicação específica, actividades e programas específicos. No entanto, e devido aos custos associados, a maior parte dos casos não conseguem dar continuidade ao que se inicia nesses lugares após a sua saída dos lugares.

Continuo a acreditar que é possível fazer algo para salvar estas pessoas das malhas do vício.
Sim, sabemos que a primeira pessoa a ter de querer a cura é a própria envolvida, mas como esperar uma escolha assertiva de uma mente que vive atolada e conspurcada por fantasmas desfragmentados e utopias emocionais alimentadas pela densidade da solidão dolorosa?

Percebi e aprendi a dar o primeiro de todos os passos na forma como lido com esta realidade - especialmente quando se trata de pessoas que amamos - aprendi a ACEITAR em AMOR, a escolha da pessoa. Mesmo sabendo que não era a melhor escolha, percebi que a única tarefa que estava ao meu alcance, era AMAR verdadeiramente aquela existência. Para alguém que só tem recordações do seu pai com bebida, amar e aceitar um ser que amamos, nas condições mais adversas, exige uma grande dose de verdade. E digo-vos é transformador!

Tu que me lês, e vives esta realidade, não tenhas vergonha de assumir a tua fragilidade.
Talvez a tua existência não se enquadre nesta realidade actual em que vivemos. 
Talvez te sintas 'à parte' ou 'diferente'. Seja como for, assume isso em ti, e aceita o desafio de dares a mão a alguém que confies e te possa guiar, proteger, cuidar, nas tuas escolhas e caminho, de forma incondicional e desinteressadamente em AMOR.

Uma das coisas que percebi, em toda a minha experiência com esta realidade, é que por detrás do vício está um GRANDE SER. Um SER HIPER SENSÍVEL, inteligente e integro!
Um ser esperto, astuto, pró-activo e determinado.

Acredito que posso ajudar-te.
Mas o primeiro passo terá de ser teu.
Desenvolvi e criei exercícios e estratégias que poderão ajudar-te a criar um novo horizonte!

Acredito em ti! Acredito que és capaz!
Porque tudo o que te faz criar essa realidade que vives agora, é mil vezes mais complexo do que a criação da realidade da liberdade de seres tu mesmo aqui!

Abraço-te no silêncio da presença incondicional.

O meu contacto: jcaeiro@live.com.pt ou 960 059 885 (sms)