12 de março de 2016

Porquê fazer jejum?

 
 
Nunca fui de ir atrás só porque era moda. Por teimosia, segui sempre o meu instinto interior, mesmo que isso mais tarde se revelasse contra mim.
Nunca fui de fazer as coisas porque alguém havia comprovado que funcionava - dei sempre preferência à comprovação inloco, ou seja, em mim mesmo - só aquilo que eu próprio comprovava em mim, poderia funcionar para mim!
Percebi que essa era a mensagem que o ser humano precisava lembrar - tornar-se fiel a si mesmo e seguir-se. Parando de seguir os outros e o que 'cientificamente' está comprovado.
 
O jejum, a alimentação vegetariana, na minha vida surgiu dessa forma - naturalmente.
Ainda me lembro das longas conversas com almas lindas que fizeram a diferença na minha caminhada de autodescoberta, em que me era aconselhado a fazer isto ou aquilo porque era mais saudável, ou melhor para o meu corpo. Eu ouvia, argumentava, mas no fundo de mim, havia uma voz que me dizia: 'só fazes quando sentires que é válido em ti, caso contrário, estás a seguir o mesmo padrão que antes te fez sentir perdido!'
 
Acredito que a vida é  maravilhosa demais para ser gasta em 'terapias', 'curas' ou 'evoluções ditas espirituais'. Enquanto o fizermos, não estaremos a viver. O meu despertar foi libertar-me desse padrão e crença - ter que evoluir ou tornar-me um ser espiritual. E hoje, após 9 anos de auto investigação e caminhada interna, consciente desse despertar e dessa verdade, olho para tudo isso e apenas lhe chamo - esquecimento do que somos na realidade - porque na verdade sempre fomos aquilo a que o homem tentou denominar de 'espiritual'!
 
Nos retiros, no Monte da Fonte, tenho vivido experiências que validam cada vez mais esta crença - tudo começa e termina em mim. Se eu sei e me sinto disponível, experimento e faço, se me apetece, eu experimento - sempre respeitando em primeiro lugar este templo que me acolhe e me permite experienciar tudo isto aqui.
 
Como já conhecia o mecanismo interno de adaptação, a nível do consciente, do subconsciente, da emoção, do pensamento e do ser - gradualmente, fui-me entregando a uma jornada que sabia que só me poderia levar ao centro de mim. Primeiro a meditação que me despertou para esta realidade (despertei aos 33 anos, mas já facilitava e praticava meditação desde os 29 anos), depois a vivência e a prática de mim em mim, em verdade de tudo o que sou e vibro... lentamente e em simultâneo, fui integrando a alimentação, a pedido do meu corpo, sem rigidez nem fundamentalismos - por mais certos que estivessem, trata-se da minha existência em mim - e a seu tempo, no decorrer de cada vivência, em retiros e trabalhos com outros, que são o que eu sou, deixei-me levar à descoberta da necessidade do jejum.
 
Percebi que, o corpo precisa de 'folga'.
Percebi em tempo real, no meu próprio corpo e à 'minha custa', que a atenção que podemos dar à vida, pode ficar limitada, no uso dos sentidos, quando comemos demasiado.
Percebi que, quando bebemos muita água, o corpo rejuvenesce e revitaliza-se naturalmente, pois reconhece em si mesmo o mesmo componente.
Percebi que, se consegue acionar o interruptor 'fome' ou o interruptor 'satisfação'.
Percebi que, mais do que qualquer ação que mexe com a alimentação, devemos ter em conta a fidelidade e coerência, relativamente ao tempo/espaço em que vivemos a experiência e os registos/padrão incutidos nas células.
Percebi que, sempre que fazia jejum de uma manhã, por exemplo, ganhava novo fôlego, uma espécie de um 'novo respirar' e isso incentivou-me a prolongar o jejum.
 
Mas atenção, eu percebi isso, porque já estava a viver em paz e amor com tudo e com todos. E isso é a deixa principal para todo este processo interno de transformação.
 
Hoje em dia fazem-se muitos retiros para a desintoxicação do corpo, mas perde-se a essência primordial essencial de todo o processo, quando o fazemos apenas porque alguém comprovou que é válido ou saudável. E depois resulta em altos e baixos, em distúrbios que em vez de darem mais vida, podem até tirar vida.
 
Com tudo isto, quero dizer que, nos meus retiros, em todo esta trabalho de partilha do que sou, pretendo fazer aquilo que é essencial - ajudar-te a criar condições para te tornares aprendiz de ti mesmo, observador, testemunha da tua existência que é maravilhosa e única. Ao estar do teu lado, acompanhando-te e ajudando-te a pensar e a decidir, de uma forma imparcial e desinteressada, poderás construir uma 'estrada' semelhante aquela que eu criei, e continuo a criar - tornar a vida uma aventura saudável e prazerosa.
 
O que é que me faz fazer jejum e caminhar para viver da luz?
A consciência de que sou luz e amor, e de que apenas preciso de existir nessa vibração para me sustentar.
 
Comecei com semanas de silêncio. Nessas semanas de silêncio experienciámos tudo - desde grandes banquetes até passar uma manhã apenas a água.
Depois passei aos 10 dias. Percebi que precisava de mais margem para criar espaço/tempo para a adaptação do que queria fazer. Após esta experiência, fui empurrado para os 21 dias - o mesmo número de dias que se encontra na base do meu despertar em 2007 em cuba - que é o tempo que o corpo leva a validar algo como certo, coerente e verdadeiro para a sua existência única.
 
Ao perceber que o jejum fortalece e regenera o sistema imunitário - pois observei muitas vezes, ao nível celular, em consciência, de que, o fato do corpo não ter o que repor, vai usar o potencial 'suplente', criando novamente o processamento memória do resgate da origem primordial, a subsistência - nesta consciência de paz e amor e observando o mundo como se encontra esquecido dele próprio, só nos compete seguir em frente, para que o homem acabe com a crença de que precisa de ter para viver.
 
Percebi que o ser humano morre, por falta de conhecimento - pois se soubessem como usar o seu próprio corpo e se virassem para dentro, encontrariam ainda muitas formas de sobreviver. E esta consciência é tão subtil, tão frágil e tão ainda incrédula para muitos, que traçar esta caminhada parece um ato heróico - mas na verdade é um ato de responsabilidade para comigo e para com o mundo, de acordo com a minha consciência desperta.
 
Aproximam-se 13 dias de silêncio, onde iremos experimentar o jejum e criar condições para nos tornar-mos testemunhas de nós mesmos e acompanhar todo o processo interno de adaptação. 13 dias que servirão para me preparar para mais 22 dias no básico em Cuba, que com certeza fortalecerão toda a minha existência - porque apenas sou, e nada mais quero do que ser apenas este amor e esta verdade.
De alguma forma, a providência divina, e o meu poder de co-criação para comigo mesmo, tem-se revelado um sucesso tremendo e até arrepiante de tanta sincronia e detalhe.
 
Não pretendo evangelizar, catequizar ou arrastar multidões para um estilo de vida - eu já cheguei, por isso tudo está bem, seja em que situação for - pretendo apenas seguir em mim, neste ser eterno que me acolhe e me permite dançar nas águas límpidas do amor e da verdade e ser o exemplo real de algo feliz, livre e inteiro.
 
Jejum é na verdade capacitar o meu corpo de poder viver uma experiência genuína com a minha alma. É aproximar-me mais da origem, é amar-me mais e ser mais este deus que sou e somos.
 
Questões, ou se desejares ouvir-me falar sobre esta temática, podes convidar-me e estarei disponível para o fazer gratuitamente - porque a vida é grátis!
 
Com amor e profunda gratidão, reconheço sempre a cada instante de que tudo o que sou, é graças à tua presença em mim!
 
Somos UM e sei que os passos que eu der, tu também os darás, ao teu tempo, e ao teu ritmo, mas serão dados com toda a certeza!
 
Amo-te
 
JC
 
960059885 (sms) | jcaeiro@live.com.pt
 

Porquê viver no básico?

Até aos 15 anos vivi no campo, rodeado pela mãe terra e por animais.
3 irmãos - eu o mais velho, vivi experiências que me tornaram uno com a existência mais pura e simples.
Lembro-me dos piqueniques ao domingo, o prazer que todos tínhamos em comer no campo e saborear os alimentos com outro gosto e prazer. Lembro-me das manhãs de sábado, quando soltávamos os animais e especialmente na altura de ninhadas, dava gozo e alegria ver cada espécie com a sua ninhada atrás - os perus e as suas crias, os gansos e as suas crias, os faisões e as suas crias, os pavões e as suas crias, as galinhas, os patos mudos... enfim, era uma festa!
 
Naquele ambiente eu encontrei a essência mais pura da vida.
Aprendi a escutar o coração da mãe terra :-) ... a falar com os pássaros - quantas vezes adormecia debaixo de uma alfarrobeira e quando acordava estava rodeado de animais - abria e fechava os olhos, pois parecia-me irreal, mas eles estavam lá...
Aprendi a escutar a voz da alma e a deixar a imaginação fluir - qualquer forma de vida ganhava a sua importância - fosse a formiga mais pequenina, à flor mais frágil ou a árvore mais antiga.
 
Deitava-me a olhar o céu... e pensava, como seria bom voar, ser um ´pássaro, uma águia e ser livre nos céus.
 
22 dias bastaram para que eu resgatasse totalmente essa essência.
Aos 33 anos, na experiência em cuba, eu senti-me verdadeiramente a viver uma experiência do género, com a única diferença que era adulto - e isso despertou-me e fez-me conhecer a paz e o amor, que Jesus, Buda, S. Francisco de Assis e tantos outros falaram.
 
Não fazia ideia da minha ligação a esta essência pura.
Quando me chamavam, 'por engano' (como ainda o fazem), Francisco, não fazia ideia de que a vibração que sentiam estava associado à energia da mensagem de alguém que viveu na simplicidade, como Francisco de Assis.
Em Cuba, em 2007, uma mãe de santo diz-me - depois de uma experiência de 20 dias em partilha de amor, na simplicidade e no básico dos básicos - que eu trazia comigo uma energia muito forte de Jesus e que era Francisco, depois de Jesus! Quando ela me diz 'Francisco' algo acontece dentro de mim - e de repente todas as peças do puzzle se juntam. Não que fosse importante o 'Francisco', mas naquele exato momento, entendi o que se encontrava por detrás do mecanismo que fazia com que as pessoas me chamassem por engano, Francisco - e despertei!
 
 
Como a grande providência divina prepara tudo em detalhe - 7 anos após o meu despertar, vou celebrar o meu aniversário em Assis - o local onde S. Francisco viveu.
E é quando acontece uma espécie de catarse de amor. Reconhecimento de lugares, energia familiar, como se sempre tivesse vivido ali - tal como foi quando fui a Cuba a primeira vez - e no sepulcro, tudo culminou com a explosão do coração.
Ao entrar naquela capela, onde está o tumulo de Francisco, senti, ao nível da consciência mais pura, muito dentro, além tudo o que possa controlar seja o que for, a nível mental, uma espécie de 'voz' que me dizia baixinho - 'reconheceste e conseguiste dar com o caminho de volta e chegaste!' - mesmo que isso seja uma analogia à minha caminhada interna em direção a mim mesmo, algo em mim pulsava mais forte e mais presente - era como se uma célula de Francisco se reavivasse em mim e de repente eu olhava com os seus olhos  sentia com o seu coração - algo arrebatador e alucinante, ao nível da consciência.
 
Deixei que a missa terminasse, e aproximei-me do tumulo.
Ao tocar aquelas pedras enormes, senti-me a atravessá-las e a reconhecer aquele vazio como parte de mim. O meu coração abre-se, como as bonecas russas, e milhares de outros corações surgem de dentro do meu, numa explosão de amor, que me fez ajoelhar, colado ao tumulo soluçando a chorar de tanto que sentia.
 
Cada passo na minha vida, parecia ter sido previamente programado e estava a cumprir-se - como agora neste exato momento!
 
Aos 16 anos acreditei que era Jesus - senti a explosão desse amor, que não consegui segurar e me levou à rua a abordar as pessoas. 40 dias de cama, por recusar viver, numa sociedade que não em entendia. No penúltimo dia sinto-me a ser 'sugado' por uma espécie de túnel afunilado e sou colocado em frente a uma parede, com carateres e símbolos, que ao olhar para eles entrava em universo infinitos de consciência.
Percebi o que era - soube naquele instante que eu não era a personagem, a identidade, a mente e sim o que estava para além disso - a consciência pura - aquela que não tem nome. O que me fez entender que viver, estar vivo, é uma oportunidade maravilhosa de experienciar em consciência no mundo da forma tudo isso.
Agarrei-me à vida novamente. Mas fiquei com a ideia e convencido que iria morrer aos 33. Descartei, pois associei a Jesus. Mas aos 33 eu despertei - ou seja morri simbolicamente, para a identidade e tornei-me existência consciente do que sou.
Aos 40 anos vou a Assis e vivo a experiência que referi atrás. Agora, prestes a ir de novo a Cuba, encerro um ciclo de 9 anos da minha existência, onde tudo se completa e me surge o puzzle montado, verificado, e polido!
 
Experimentei a fama e a popularidade. Mas percebi que para ser a essência da verdade, em exemplo, só poderia sê-lo na experiência real.
Sei que a abundância e tudo está à minha disposição, mas sei que é necessário construir um mundo baseado no simples e lembrar o ser humano que a vida é muito mais do que ter.
 
Ao longo de 4 anos em experiências em retiros no Monte da Fonte (na minha casa do Alentejo), tenho vivenciado a possibilidade de ser livre até do alimento. E sei, por minha própria experiência que é possível viver da luz.
Num processo gradual e respeitando o meu corpo, ao mesmo tempo que me observo e testemunho todo o processo interno de integração e adaptação, para que possa ser um exemplo vivo e real, ao encontro do natural e não apenas mais um que se tornou 'iluminado' e especial, entrego-me lentamente à verdade primordial e à criação de condições para ser completamente auto sustentável.
 
Ser o exemplo é ser um instrumento da paz e do amor.
Não que tenha de o ser, mas que por opção, e por toda a minha história pessoal, vai mais ao encontro do que me preenche.
 
Não sigo religião nenhuma, apenas sou em mim. Todos os que se aproximam é isso que percebem - podem ser eles próprios em si mesmos!
A vida despojada de S. Francisco, está-me nas células, algo demasiado enraizado para eu ignorar. Como o andar de bicicleta -  aprendes e nunca mais esqueces!
 
Por isso, procuro uma aldeia abandonada, onde possa concretizar esta ideia.
Pegar nas pessoas que vivem nas ruas e reeducá-las para uma consciência que leve à auto sustentabilidade e autonomia.
 
Viver da terra, nada mais quero. Sustentar-me com o que a mãe terra me dá.
Tudo isto porque este despertar me mostrou que eu sou o caminho, a verdade e a vida, ou seja, tudo é em mim e quanto mais sei isso, mais dentro daquele que é infinito e eterno - eu consciência/alma, quero ir!!
 
Queres juntar-te a mim?
Apenas precisas identificar-te com esta minha forma de estar e ser, para que possamos funcionar como irmandade/comunidade ou família de coração.
 
O retiro de 13 dias da Páscoa, é na verdade, uma espécie de estágio para tudo isto.
O jejum, a experiência do crudiverismo (alimentação de crus), alimentação prânica, e tudo o resto que envolve a vivência na fonte, é na verdade, a minha preparação para ser totalmente livre!
 
Um dia, numa agradecimento no fim da meditação dei por mim a dizer algo semelhante à oração de S. Francisco. Isso foi um pouco antes de realizar retiros. As lágrimas corriam, como se de alguma forma tivesse acedido a algo profundo e muito valioso.
 
E é isso que sou e caminho para ser cada vez mais - um instrumento da paz e do amor - um exemplo vivo da verdade!
 
Abraço-te em silêncio
 
 



11 de março de 2016

A mente vive no passado - como podemos usá-la no agora?

 
 
A mente vive passado.
Tudo o que a mente processa mentalmente é passado, é memória.
O homem vive no passado convencido que está a viver - mas somente está a recordar o que era 'ontem' e a prolongar isso.
 
A memória, o banco de dados que permite a existência acontecer é apenas isso mesmo - um banco de dados - um local onde vamos armazenado vivências, experiências, emoções e ideias de um determinado momento.
 
Se por um lado é necessário esse mecanismo, por outro lado aprisiona-nos caso não estejamos despertos! A mente por si só, não tem poder nenhum, se não a usares nesse sentido - ela simplesmente continua a processar o que sempre processou. A única forma de fazeres algo com a mente é 'aniquilares' a memória de uma vez e aí sim, a mente ficará livre para novas instruções e comandos.
 
Mas como podemos ver-nos livres da memória?
Não podemos!
Ela está sempre presente, a seguir-nos. Caso contrário não haveria o que chamamos de maturidade, crescimento ou desenvolvimento humano, ao nível de consciência.
Na verdade, tu és a memória. Quando te perguntam quem és, qual a primeira resposta que dás? O teu nome - e o teu nome é memória - algo que os teus pais te deram. A verdadeira resposta seria - 'não sei'!
Não sei, porque quando vivemos na consciência de que somos o que está além memória, o 'antes' da programação instituída pela sociedade, pelos pais, sabemos que somos algo que não se identifica com o espaço e o tempo.
 
Mas como é que esta verdade me serve para a minha vida diária? - perguntas!
Quando tens presente a lembrança de que és a fonte. De que a memória é apenas um mecanismo, necessário - tal como o computador precisa do seu disco rígido - que apenas serve para registar. A tua mente é aquele que 'usa' a tua memória e o que lhe dás a cada momento para que tu possas existir, experienciar, viver, sem perder nada do momento.
 
Então a melhor forma de lidares com a memória, não será naturalmente eliminá-la, curá-la, transformá-la ou fazer mil terapias com ela - basta apenas entenderes isto e de seguida, nos teus 10 minutos diários matinais e à noite, olhares para essa memória com um sorriso, sabendo que são apenas registos de acontecimentos, e lentamente vais perceber que te vais distanciando da necessidade de viveres na memória - e aí sentirás menos sofrimento e dor.
 
O meu papel é ajudar-te a tomar essa consciência.
Nada fora de ti, pode 'curar-te ou resolver-te', de alguma forma e perante as leis divinas da vida, tu já ÉS RESOVIDO, só tens de te lembrar disso!
 
Bale?
 
Abraço-te naquilo que és verdadeiramente - o agora, o não sei, a fonte, o eterno!

10 de março de 2016

Deus não existe - Deus É!

 
Quando era pequenino, acreditava que deus estava nos céus, acima de mim e naturalmente fora de mim. Acreditava que era maior do que eu e que tinha poderes suficientes para me dar ou tirar vida, consoante o meu merecimento.
Educação, padrões, crenças, oriundos de uma família e sociedade que sempre responsabilizaram deus por tudo o que lhes acontecia.
 
Mas um dia eu bani deus da minha vida, na forma como o via e sentia - deixei de estar separado dele e percebi que eu era o próprio deus. Percebi que tudo o que as religiões queriam dizer, ao fim ao cabo era isso mesmo - deus está dentro e em todas as coisas!!
 
Quando nos referimos a deus, como algo que existe - apenas nos estamos a separar da verdade que o envolve - da mesma forma, quando falamos em 'eu' ou nos referimos a nós mesmos, parece que nos estamos a referir a algo separado daquilo que reconhece a existência - e isso não é totalmente verdade!
 
Como poderíamos referir-nos a algo, quando esse algo somos nós próprios?
Haveria necessidade de o fazer, sabendo que o somos?
 
Da mesma forma - milhares e milhares de pessoas passam a vida a pedir a deus ajuda e orientação, na crença de que ele existe 'àparte' e fora delas - não será demasiado injusto e irresponsável da nossa parte, pedir algo a uma existência que, segundo a nossa crença, habita fora de nós?
E olhando de outra forma - fará sentido pedir ao teu pai e à tua mãe que cuidem de ti - não sabeís bem dentro de ti que não é necessário lembrá-los, pois é algo natural e intrínseco?
 
Foram muitos os que ao longo da nossa existência tentaram banir deus da civilização - porque estes descobriram que a existência de deus separou o homem da sua alma. Nas melhores das intenções, o primeiro homem que percebeu a existência de deus em si mesmo e em todas as coisas, decidiu partilhar com o mundo essa descoberta, mas não sabia que o 'nome', o 'significado' poderia afastar o homem da essência original que ele havia descoberto.
 
Alguém escreveu um dia - 'deus está morto e o homem está livre' - alguém havia descoberto que enquanto deus existisse, o homem seria prisioneiro. Buda, Lao-Tsé, e tantos outros tentaram banir deus da sociedade, mas esqueceram-se daquilo que veio depois dele - a religião - existindo uma religião, uma seita, uma crença, a prisão do homem continuará.
 
Quando descobrimos que somos Deus, uma janela abre-se para uma visão diferente da vida. Quando percebemos que nunca nos separamos dele, porque somos ele, sentimo-nos sempre no colo. Quando criamos a crença (porque tudo se trata de acreditar), de que somos amor, paz e consciência pura a experienciar uma existência humana, a vida torna-se maravilhosamente genuína e viva - exatamente o que acreditamos ser!
 
Se queres ser livre, feliz... viver em paz e amor, deverás abandonar as crenças, religiões, filosofias e tudo o que te empurre para a 'carneirada' só porque sim!
O sentimento e vibração que sentes em locais como santuários, é na verdade resultado do comportamento da fé do homem, e naturalmente o teu subconsciente contribui para o mesmo - mas que efeito isso pode ter na concretização do ser humano e na libertação do homem, se por detrás de tudo isso, existe a crença de uma imagem, de uma religião ou de algo limitador?
 
Alguém comentou nestes dias que eu sou 'anti-guru', tornando-me assim um outro tipo de guru, que atrai na mesma pessoas - uma observação inteligente, mas que não corresponde na sua totalidade à verdade do que sou. Acredito que é na individualidade, na capacidade do ser humano se tornar livre e verdadeiramente original em si mesmo, que chegamos à conquista da condição verdadeira 'UM'. Criar mais templos, mais religiões, mais uma filosofia - mesmo que fosse a filosofia do amor, tornar-se-ia mais uma filosofia, mais uma religião ou seguimento - o que pretendo apenas é lembrar o ser humano que ele pode ser livre de tudo isso, até daquilo que ele julga que lhe faz bem - porque até isso é uma crença!
 
Repara - quando ouves bonitas palavras por parte de alguém que por detrás tem uma imagem de um guru ou mestre, o que achas que a tua mente vai processar ao nível do subconsciente?
'Que bonitas palavras, vem de alguém iluminado - alguém que se iluminou tendo por base o guru que se encontra na fotografia ao seu lado - para eu me iluminar também preciso dele como guia e mestre para me orientar - e sim, quando chegar o momento certo ficarei iluminado com a ajuda dele!' - este tipo de processamento é essência pura manipuladora. Basta!! Tu podes ser desperto AGORA - se quiseres! Porque já és!!!
 
Mas, quando eu falo assim, não sou contra nada - como pode o amor e a verdade não aceitar o que é? Apenas faço o meu papel - uso a minha inteligência, a minha perceção para partilhar o que sinto e o que me tornou livre - tu és livre de ler ou escolher simplesmente banir-me da tua vida!!
 
Em verdade vos digo, só aquele que renascer de novo, conhecerá a verdadeira essência da verdade. Só aquele que morrer para si mesmo, para a sua identidade, terá a oportunidade de ver com o olhos do coração.
 
Porque precisamos estar juntos?
Porque é na partilha de existências semelhantes, em verdades semelhantes e vibrações iguais que potenciamos a existência do que TODOS desejamos para o  mundo e para a vida. Que foi exatamente o mesmo mecanismo que criou movimentos de existências em prol de uma crença - por isso, seja isso uma crença também - vamos acreditar que podemos ser originais, verdadeiros, inteiros, nós mesmos, partilhando com todos isso mesmo e que será isso que dará origem ao UM - e isso acontecerá!
 
Estou disponível para falar sobre esta temática e sobre o que sou, em tua casa, no teu grupo de amigos, na tua empresa, no teu espaço 'espiritual', seja onde for, até mesmo na tua igreja a troco de estar a contribuir para um mundo melhor!
 
Abraço-te em deus. O deus que habita em mim, saúda o deus que habita em ti.
 
Amo-te em deus. O deus que sou ama o deus que és - como poderia deus não amar tudo o que é ele próprio? ;-)


9 de março de 2016

Alimentação Prânica = Alimentação Crudívora + Sol + Meditação + Amor + Felicidade

 
 
Ao longo de quase 4 anos de caminhada em retiros e experiências vivenciais, no Monte da Fonte (minha casa), tenho vindo a alcançar o que sempre acreditei que seria possível - a liberdade total em ser. Liberdade essa que toca a questão da alimentação.
 
Gradualmente, como acredito que deve ser, por todo o processo envolvido de adaptação do meu corpo e por ser 'boa boca' e acostumado a boa comidinha alentejana, ao longo destes 4 anos, em vez de optar por me tornar de vez vegetariano, quis entender e acompanhar todo o processo que faz com que uma pessoa decida deixar de parte a carne e optar pelo mais saudável. Habitualmente, e especialmente desde o meu despertar para esta forma de estar e ser, a carne não era a minha opção favorita - sempre preferi o mais colorido, o mais vivo e mais simples - sem envolver morte ou sofrimento.
 
Talvez devido ao fato de ter sido criado no campo, e ter assistido a muitas matanças de porco, perus, patos e galinhas, por parte da família, para sua sustentabilidade, e devido à minha sensibilidade pela vida desde que me conheço, sempre que um bife caía no meu prato, eu lembrava o resto do corpo ao qual ele havia pertencido, e que tinha morrido para estar ali.
 
Mas tudo isto é muito vago, eu precisava saber mais e sentir mais na pele todas estas questões, ao nível da existência celular. E tem sido esses passos que tenho vindo a dar nesta caminhada em mim mesmo - acompanhar o meu corpo na direção daquilo que o torna mais próximo do divino que ele é!
 
Foram várias as experiências que passei até chegar onde me encontro hoje, numa opção quase exclusiva da alimentação crudívora. Passo a passo, tenho acompanhado o meu processo interno de reajuste, ao mesmo tempo que posso observar todas as ligações e 'trânsitos' de forma a poder ser um testemunho vivo desta experiência que nos traz mais vida.
 
Quando me alimento de crus, sinto que as minhas células vibram mais vida - elas lembram mais facilmente e rapidamente o que são e consequentemente originam e multiplicam mais facilmente vida, saúde e bem estar.
Apesar de existirem muitas questões sobre o fato dos vegetais, frutas e afins serem formas de vida também, devemos lembrar-nos de que o que gere a existência está muito ao nível do subconsciente, que identifica mais facilmente vida e morte em manifestações que se aproximam da sua própria existência - na forma.
 
Talvez tornar-se crudívoro seja apenas uma ligeira fase e transição para nos tornarmos completamente independentes da crença de que precisamos de alimentos para viver - é nesse sentido que estou a caminhar.
 
O silêncio, a meditação, mantras, a elevação alcançada na presença da consciência mais pura, o simples existir, elevam-nos à lembrança de que a vida é um pulsar ao nível do cosmos - algo completamente inatingível quando estamos demasiado absorvidos pela vida mundana e material.
 
Por isso, cada vez mais os meus retiros são uma preparação para uma vida diferente - um estágio e preparação para passos na direção de uma existência mais livre e mais completa.
 
Discordo de opções como detox's ou retiros para desintoxicação, uma vez que não é coerente manter a mesma postura quando descobrimos que podemos viver sem nos intoxicarmos. Fará mais sentido fazer um detox ou retiro ou tratamento de desintoxicação uma vez por ano, ou eliminar de vez a possibilidade de se intoxicar? Não estaremos a fazer mais do mesmo, quando habitualmente só procuramos o médico para nos tratar em vez de procurar manter um comportamento que possa prevenir e evitar o aparecimento de doenças e desequilíbrios?
Através dos retiros de silêncio, tenho experimentado jejuns, alimentação à base de crus, sempre tendo por base o que considero essencial à vida - exercício, meditação, estado de felicidade e paz - e já sei, já entendo e já percebo, a um nível de consciência celular a possibilidade de vivermos sem alimento. Sei por minha própria experiência que alimentar-mo-nos de alimentos físicos é puramente uma crença que criámos ao longo dos tempos que vivemos afastados de nós mesmos. Felizmente já somos alguns a tornar esta verdade real - viver da luz é uma realidade tendencial, que levará o mundo à sua frequência original!
 
A ideia que temos de que comer apenas frutas, legumes, e crus, é muito pouco sustentável para a vida do corpo, é alimentada pelos media e pelo fanático processo de conquista de poder e dinheiro. Seja como for, e o que realmente interessa saber, é que podemos encontrar nos legumes e nos crus tudo o que o corpo precisa para viver, mais e melhor!
 
Apesar de não ter estudado sobre assunto, pois prefiro seguir as instruções do meu corpo e da minha consciência, sei de alguma forma que a gordura que se encontra nos frutos secos, é uma gordura saudável. Sei por exemplo, de que, quando o meu corpo pede 'verdes', ele está a pedir mais proteína - couves, espinafres, bróculos, salsa...
 
Acredito que mais importante do que seguir o que já alguns comprovaram ou validaram no seu próprio corpo, precisamos viver a experiência no nosso próprio corpo para tornar real essa possibilidade - é isso que os retiros de alimentação prânica são - um estudo personalizado e experiência na direção da liberdade em ser e viver da luz!
 
No próximo retiro da Páscoa, que serão 13 dias de silêncio, vamos poder experimentar todas estas fases e perceber o quanto podemos fazer pelo nosso templo terreno.
Todos o podem fazer.
 
Acredito que somos o que comemos - acredito que podemos eliminar em grande escala a possibilidade de doenças e desequilíbrios, vivendo mais ao nível do divino que somos originalmente - acredito que está ao alcance de todos esta possibilidade - bastando para isso dar os passos e entregar-se a uma caminhada de autodescoberta!
 
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