11 de janeiro de 2017

Relacionamentos e memórias


O momento mais importante das nossas vidas é, quando nos cortam o cordão umbilical à nascença - perdemos o contacto directo com a mãe e com a fonte de todos os impulsos existenciais naturais. É a partir daí que começamos a expressar e a vibrar a individualidade existencial.

Parte de um todo, criados e desenvolvidos a partir de extensões e partes de outras existências - os nossos pais - criamos o conceito de 'relacionar' ou 'ligar a', tendo por base as memórias celulares que envolvem e constituem o corpo e é partir daí que tudo começa!

Ao longo destes anos todos em atendimentos e terapias, em que contactei directamente ou indirectamente com centenas de realidades e dramas existenciais, posso dizer-vos que o relacionamento que desenvolvemos com o mundo e com nós próprios, é baseado naquela ligação inicial - mãe-filho-vida - e é aí, onde tudo se diluí, se renova e se transforma.

Com o nascimento, e o crescimento natural, aplicamos princípios e deixamos-nos influenciar por estímulos que funcionam ao nível do subconsciente e que nos fazem criar o 'certo', 'errado' e o 'ideal'. Em simultâneo, todo o cenário real que nos envolve - a família, as referências que vamos criando através do que observamos nos nossos pais e cuidadores, o próprio sistema de vida existente; empurra-nos para uma atitude quase louca, no que diz respeito ao envolvimento mais profundo com os outros, esquecendo por um lado a essência da ligação original e por outro lado perpetuando a continuidade da carência ao que fomos sujeitos.

Por tudo isto e tanto mais, é que se torna difícil muitas vezes encontrar existências que dancem livremente e naturalmente com a nossa própria existência.
Só depois de um percurso consciente, abandono, rendição e morte da própria identidade e história, criamos condições para encontrar essa sintonização natural de frequências existenciais.

Isso prova o que acreditei desde o inicio - apesar de enxergar 'mais além', é preciso e imprescindível, tornar real, palpável e verdadeiro - do ponto de vista da coerência existencial, onde o que sentimos deverá ser semelhante ao que manifestamos e somos - a condição que almejamos, caso contrário corremos o risco de todo este despertar colectivo se tornar em mais um 'tópico' de referência, àparte da naturalidade do ser.

Por isso, faço sempre questão de abordar estes grandes detalhes nas minhas consultas, ajudando-vos a pensar e a colocar no 'local' certo cada ligação ou referência celular.

Como se pode fazer isso?
Numa sessão de hipnoterapia, meditação, retiro, seminário, curso ou exercício samadhi.

Queres saber mais? Fala comigo!
jcaeiro@live.com.pt

Almalogia | Peixes, Capricórnio e Escorpião


» Peixes | Concretização do Amor Próprio e da Verdade
Dotados de uma capacidade natural em se tornarem fiéis aos outros, primeiro do que a si mesmos, os Peixes, poderão ser existências que se esquecem de si mesmas, abdicando muitas vezes de uma vida confortável e tranquila....
Devido à sua capacidade de integração social e emocional natural, encontram muitas vezes como justificação e desculpa para se afastarem de si próprios, as coisas simples da vida - como a lida da casa e pequenos detalhes do dia-a-dia. Talvez uma forma de se voltarem a sintonizar com a sua verdade mais pura e básica, para depois voltarem a emergir do seu centro.
Neste ano, este grupo de pessoas, poderá 'cheirar' e espreitar a possibilidade de um 'deslize' para o despertar. Poderão mais facilmente enxergar a grande tarefa em construir amor por si mesmos e dançar na possibilidade de serem ainda mais autênticos e verdadeiros consigo mesmos e com tudo o que os rodeia.
Se és Peixes, deverás usar a tua estrutura emocional natural para te acolheres a ti mesmo e assim, poderes amar-te verdadeiramente. Ou seja, sempre que sentires amor, compaixão, ligação emocional com qualquer coisa - seja humano, ou algo com animais - direcciona isso para ti e lembra-te que é para ti esse sentimento antes de tudo!

» Escorpião | Concretização da confiança e do desapego
Originais, autênticos e amorosos com a existência.
As pessoas deste signo, poderão desenvolver neste ano, uma grande capacidade de concretizar a confiança por si mesmos e viver com muito mais verdade e autenticidade do que alguma vez viveram. As aprendizagens da vida, as vivências conscientes emocionais pelas quais se revelam 'fiéis guardiões', tornam estas pessoas quase como deuses da 'experiência', pela sua intensa entrega a todas as situações que ocorrem nas suas vidas.
A concretização da confiança neste grupo de pessoas está directamente relacionado com a consciência que estas pessoas tem da sua presença na vida dos mais próximos. A família, os valores dos seus antepassados e crenças, poderão influenciar os escorpiões a trilhar um caminho mais coerente e 'seguro', evitando sempre o confronto com situações que envolvam a sua natureza original - presença pacífica e amorosa.
Para algumas pessoas deste signo, poderão encontrar a clareza que procuravam à muito tempo, e finalmente assumirem ver com os olhos da verdade os seus relacionamentos mais próximos. Tendo em conta a sua fidelidade para com todos, as pessoas deste signo, poderão ter-se esquecido ao longo dos tempos da sua existência do mais importante - a fidelidade para com eles próprios. O apego desenvolvido pelas tais crenças antigas, poderá ter agora os dias contados e permitir às almas deste signo que se concretizem por inteiro - sem rodeios ou véus!

» Capricórnio | Concretização da fé em si mesmo e da liberdade
É muito fácil construir uma crença com as pessoas deste signo.
Agarrados ao mundo material e ao 'fazedor' interno, os capricornianos poderão desenvolver ao longo deste ano, uma capacidade 'novidade' na sua estrutura emocional - flexibilidade no ser, perante situações, em que antes, teriam sido demasiado rígidos.
O próprio dinamismo interno de crença, começará a transformar-se, pois a vida encarregar-se-à de lhes mostrar que afinal tudo é da sua inteira responsabilidade. Se por um lado este grupo de pessoas já o sabe - e isso revela-se pelo facto de serem pessoas trabalhadoras, e existências que alcançam tudo a que se propõem - por outro, estas pessoas sofrem silenciosamente pela 'prisão' associada ao apego que tem pela própria concretização.
Com o passar do tempo, estas pessoas começarão a sentir uma maior abertura para a sua própria expansão livre e naturalmente começarão a colocar a hipótese de que afinal o verdadeiro Deus e poder criador está neles próprios, construindo assim o inicio do caminho para a liberdade!

Questões:
jcaeiro@live.com.pt

As crenças e a autenticidade


Artigo Publicado na Revista Zen Energy
Páginas 34,35 - Edição Janeiro 2017

As crenças e a autenticidade do individuo
Com o início de um novo ano, existe sempre uma espécie de motivação natural ou maior disponibilidade para olharmos para a realidade em que vivemos e perceber se devemos continuar a agir da mesma forma, ou se teremos de modificar algum tipo de comportamento para criarmos o que desejamos. Identificar esta necessidade será sempre o mais fácil – o mais difícil está mesmo em colocar em prática o que sabemos e tomamos por ‘certo’ e identificar procedimentos mais coerentes que ressoem com o que desejamos.

Corremos atrás de respostas, procuramos um sem fim de possibilidades para nos tentarmos entender e ‘melhorar’, mas na maior parte das vezes não fazemos o essencial e mais importante – parar e olhar para dentro… parar e assumir a responsabilidade total sobre tudo o que existe, habita e é em nós!

Como motor e mecanismo impulsionador desta ação espontânea, identificadas e traduzidas muitas vezes como verdadeiras necessidades, encontram-se as nossas crenças.
É o que acreditamos que nos faz mover numa determinada direcção e agir.
De alguma forma, é esta plataforma de crença que nos faz erguer todas as manhãs e dar continuidade ao que havíamos começado, feito ou vivido no dia anterior. É o que acreditamos que nos faz levantar a cabeça e sorrir. É o que acreditamos que nos faz baixar a cabeça e chorar. A crença é, na verdade, parte integrante da existência humana. Somos um todo em simultâneo, e o que vibramos está directamente associado ao que acreditamos. A nossa saúde mental, emocional, espiritual… a nossa harmonia energética e total, estão diretamente associadas ao mecanismo crença. Com tudo isto quero dizer que, é impossível separar-nos da crença, mesmo que o façamos, entraremos noutro tipo de crença que sustenta a suposta inexistência de crença.

Já é tempo de entendermos qual o papel da crença nas nossas vidas e a sua importância na concretização da nossa verdade pessoal e global.
Precisamos urgentemente tornar-nos aliados inteligentes deste mecanismo que até hoje, já fez centenas de milhares de vítimas, em prol de religiões, filosofias e mecanismos políticos, em vez de continuarmos a camuflar vontades, desejos, comportamentos e ações, referindo uma suposta extinção da crença, quando na verdade estamos a contruir uma ainda maior que a anterior.

Por várias vezes ouvi este tipo de afirmação: ‘JC, sou uma pessoa diferente, sinto-me mais forte e mais inteira, abandonei a igreja e tornei-me reikiana!’ Eu perguntava de seguida: ‘E qual a razão pela qual me procurou?’ Resposta: ‘Apesar de me sentir inteira, sei no fundo de mim mesma que existe algo por descobrir, algo que é ‘maior’ e me fará sentir ainda mais plena..!’ Eu digo: ‘Pois é minha querida, o facto de termos deixado de acreditar numa igreja e passarmos a acreditar numa filosofia, não muda nada. Se tivesse deixado de acreditar na igreja, para começar a acreditar em si mesma, então aí sim, teria encontrado essa verdade que tanto sente existir no fundo de si mesma.’

Precisamos compreender e aceitar a verdade que somos, usando o mecanismo crença – o mesmo mecanismo que nos afastou de nós próprios – só assim se tornará possível a construção de uma realidade ideal, mais feliz, mais inteira e verdadeira. Como o podemos fazer? Dando-nos à experiência vivencial de tudo o que nos faz sentir bem e lembrar de alguma forma a conexão verdadeira ao nosso maior desejo futuro ou ideal de ‘amanhã’.

O ser humano é demasiado previsível e programável. Adaptando-se a todas as realidades – e ainda bem que assim o é – constrói facilmente ideais e crenças, só para continuar a esconder-se de si mesmo e da sua própria luz interior. Convencido que está no melhor caminho de todos e naquele que se pode traduzir como ‘comportamento’ ideal, continua a distribuir ‘cartadas’ como se estivesse a expressar algo verdadeiramente único e transformador para o ser humano, quando na verdade, sem a desmistificação de todo o mecanismo existencial, acaba por criar ainda mais mecanismos limitadores que fazem o ser humano acreditar que ainda está muito afastado e distante do seu verdadeiro potencial.

Neste início de ano, sejamos então mais conscientes, responsáveis e cientes da nossa tarefa maior – sermos autênticos e nós mesmos! Na verdade é tudo o que nos é pedido. Só depois de o sermos, construiremos condições para encetar o tal ‘caminho’ ou consciência que nos levará à total compreensão da existência.

Feliz e próspero 2017, em amor e paz

Joaquim Caeiro
Psicoterapeuta da Alma & Life Coach


1 de janeiro de 2017

Cegueira ou estupidez natural?

Gostava de começar 2017 a escrever sobre aspectos positivos e de esperança, mas por vezes a voz interior da razão comanda-nos e somos obrigados a expressar o que sentimos, para não corrermos o risco de sermos 'mais um', a ignorar a verdade da realidade em que vivemos.

Atravessamos uma época de grande expansão de informação. 
O ser humano pode aceder a qualquer resposta ou saber de qualquer assunto, clicando apenas numa tecla. Além disso, e talvez o mais grave, o ser humano tornou-se demasiado previsível e mecânico - alvo fácil de quem está fora desse automatismo cego e irreal.

Teoriza-se cada vez mais, usando palavras e afirmações de esperança e projecções para algo melhor e mais feliz, mas daí não passa - continuamos a carregar culpas, continuamos a esconder feridas não curadas e a fingir que tudo está a ir bem, e que fazemos o que é necessário para terminar com esta sombra que paira e se torna cada vez mais flagrante na humanidade - o terrorismo global.

Uns falam de fé e de amor, outros de paz e segurança, e outros simplesmente limitam-se a executar as suas funções, como 'servidores da pátria' e da verdade política, económica e social imposta por um comando doente e falhado.

Mas, caros leitores, amigos e seguidores do que escrevo, está tudo baralhado e cego!
Inclusivamente aqueles que descobrem uma pequena lembrança da luz interior, perdem-se de seguida nos aplausos internos do ego. 

Será que é muito difícil perceber que o terrorismo acontece pela desigualdade e diferença no mundo? Será que é muito difícil perceber que tudo acontece e é perpetuado porque a corrida ao poder é cada vez maior?
Como podemos, por exemplo, ficar indiferentes a uma ameaça nuclear, por parte de uma grande potência, como a Coreia do Norte?
Como podemos, por exemplo, continuar indiferentes aos milhares de euros e dinheiro gasto em luzes, fogos de artifício, numa simples passagem de ano, que nada mais é do que 'mais uma noite' - enquanto milhares de seres humanos morrem à fome... enquanto outros desejam um tecto para dormir, a salvação para a sua doença ou a conquista de mais tempo de vida!??!

Como pode não haver desigualdade, terrorismo e gente desequilibrada, matando apenas porque 'lhe apetece' ou porque se passou da carola, quando perante todas estas realidades, continuamos impávidos e serenos reagindo com a continuidade dos mesmos comportamentos e hábitos?

Sim, podemos criar realidades positivas... abrir o coração, e fazer apenas o que temos de fazer - a nossa parte - mas, precisamos estar atentos e preparados, para não cairmos nos mesmos mecanismos que tornaram o homem cego e o levaram à ilusão do certo e 'seguro'! Precisamos parar e reflectir... ver com os olhos do coração e com a verdade mais pura, o que está a acontecer. 
A realidade em que vivemos faz-me lembrar a velha história dos caranguejos quando são cozinhados: os caranguejos são colocados vivos dentro de um panelão e a água começa a aquecer - apesar de sentirem a água a aquecer, permanecem como se nada fosse.... e lentamente deixam-se cozinhar, sem se aperceberem disso - assim somos nós!

É urgente acordar e tirar a venda dos olhos - ver o que precisa ser visto e fazer o que precisa ser feito. Não temos de salvar o mundo, nem resolver processos e histórias de ninguém, comecemos apenas por nós mesmos - com toda a realidade e verdade que é digna de ser respeitada e tida em conta.

Não se trata de irmos para a rua e entrar em manifestações de grupo, ou acções fundamentalistas que, a nível vibracional, só alimentam ainda mais o mecanismo manipulador de que somos alvo, trata-se de CONSCIÊNCIA, algo que acontece individualmente que só se pode tornar colectiva, quando for validada devidamente por cada um... por cada existência única e original que habita nesta magnífica nave, a que chamamos terra.

Aqueles que estão despertos, estão a salvo, pois conseguem de alguma forma arrumar e integrar toda a realidade que vão encontrando, transmutando e vivendo da melhor forma possível, mas isso não será suficiente - é necessário trazer esse comportamento a uma realidade visceral e de inteira fidelidade para com a existência - precisamos ser e esgotar todos os indícios e estímulos que nos possam de alguma forma afastar da verdade existencial e viver a consciência da luz que somos.

Quando observo este mundo e esta forma de ser e estar, é como se todo o ser humano pairasse à superfície de uma realidade, com medo de aprofundar e assumir o que quer que seja. Vive-se muito a superficialidade existencial, dando-se cada vez mais importância a momentos 'cibernáuticos' irreais do que momentos reais presenciais.

Vivemos ainda numa realidade do 'eu acho que' - como se a opinião fosse transformadora e responsável pela mudança...
Apesar de tanta informação a circular continuamos a navegar nas águas da estupidez e da precaução, descurando a possibilidade de que temos, somos tudo o que precisamos para ser inteiros e felizes e mais do que isso, detemos o poder maior nas mãos, relativamente a mecanismos políticos, económicos e sociais.

Ninguém está ileso... ninguém se livra de responsabilidades, até mesmo eu, quando escrevo o que sinto, corro o risco de ser tomado como pensador revolucionário de consciências, ou ainda um alucinado que vê coisas onde não existem!
Por isso, e por não haver escapatória possível, faço questão de, quando em vez, manifestar o que sinto e o que vejo por estes olhos críticos humanos que me tornam real aqui. Mas mais do que isso, é preciso agir como tal, em vez de fingirmos que está tudo bem e tapar os olhos, como quem brinca à cabra-cega.

Neste inicio de ano, peço-vos que parem e olhe com o coração.
Assumam verdadeiramente a responsabilidade sobre os vossos actos e sobre a vossa existência que é única, perfeita e original. Que façam perdurar a lembrança de que podemos agir em inteligência, na simplicidade do ser, em vez de alimentar mecanismos que podem corromper e comprometer o nosso futuro como humanidade.

Ser positivo, não significa ser cego, ou ignorar os problemas do mundo.
Ser positivo, não significa agir como se nada tivéssemos a ver com isso, quando sabemos que estamos interligados e que somos UM.
Seria bem mais fácil criar uma realidade só nossa, onde prevalece o nosso ideal, o nosso conforto e bem estar - mas precisamos lembrar que somos parte deste todo existencial.

Começa por ti é certo, mas lembra-te da realidade em que vives e de permanecer atento e ciente da tua influência nessa mesma realidade, e lembra-te que, se tudo continuar a ser igual, podes alterar isso, tornando-te ainda 'melhor' e mais inteiro e verdadeiro.

Vive, mas ciente de quem és e do que é a vida - uma única oportunidade para viveres essa personagem!

Feliz 2017 meus queridos, e desculpem qualquer coisita, quando me refiro a assuntos que podem não ser muito agradáveis de se ter em conta - mas que é necessário relembrar de vez em quando!!

Até já

Paz e Amor em vossos corações

JC

jcaeiro@live.com.pt