28 de setembro de 2018

Constelações da Alma

Um dia, há cerca de uns 10 anos atrás, num seminário meu, surgiu a necessidade de trabalhar a temática 'relacionamentos'. Não estava no programa do evento, mas como o mais importante é ajudar as pessoas a encontrarem a paz interior, sendo isso um impedimento, então tinha que me debruçar sobre o mesmo.

À medida que damos 'saltos' quânticos dentro de nós mesmos, ajustamos a frequência vibratória existencial, atraindo exactamente o que mais se aproxima e conjuga. Seja em situações, pessoas ou lugares.

Neste evento, o grupo de participantes estava focado no trabalho energético, e na forma como poderia entender a expressão energética na sua vida. Era tanto o foco que, quando tocava no tema 'pessoa', 'sentimentos', ou 'relacionamentos', sentia uma espécie de 'fuga' subtil - como se quisessem ignorar a importância que estas temáticas tem para o próprio processo energético em si. Naturalmente, tudo isto inconscientemente.

No entanto, como em todo o grupo, existe sempre um 'bode expiatório', ou alguém que se apresenta e se expressa, como 'diferente', ou um pouco fora do padrão do grupo. 
Aprendi a identificar rapidamente estas personagens, pois percebi que o seu papel era essencial à minha própria transformação interior. Como um 'marco' ou um alerta para que eu soubesse que poderia passar ao 'nível seguinte'.

Como facilitador, tinha de arranjar maneira de incendiar o grupocom a energia e vontade de quererem trabalhar a temática que estavam a recusar trabalhar - relacionamentos. Sabendo da importância da temática, para o próprio processo de construção de paz interior e consciente de que, essa fuga inconsciente que sentia por parte do grupo, esse medo, nada mais era do que, a ilusão associada ao comodismo e à crença de que não poderiam ser mais do que aquilo que eram, resolvi avançar com um exercício que, apesar de nunca o ter realizado, pareceu-me encaixar-se perfeitamente no quadro que estava a viver ali.

Não sabia qual seria o resultado. Apenas tinha na minha mente as linhas orientadoras principais do exercício, deixando de parte a necessidade de controlar fosse o que fosse, confiando na fluidez natural da experiência humano-humano. Sabia que, havendo verdade e amor, o resultado só poderia ser o melhor para todos.

Foi assim que comecei a usar aquilo que alguém me disse um dia que era 'Constelações'.
Eu já tinha ouvido falar nessa abordagem terapêutica, mas na minha teimosia evolutiva :-) e porque a partir do meu despertar, percebi que só tinha de me seguir a mim mesmo, não queria saber de rótulos, nem tão pouco estar associado a técnicas ou práticas terapêuticas que pudessem 'manchar o meu percurso'.

Com este exercício, abri uma porta de possibilidade infinitas. E foi aí que surgiu a vontade e a necessidade de usar o teatro como prática terapêutica integrada, na libertação de medos e traumas.

Constelar é estabelecer uma ligação, uma ponte, permitindo o entendimento e a clareza da forma como nos ligamos a nós mesmos, aos outros e ao mundo. Constelar é incorporar o papel do outro e ao mesmo tempo ser observador do seu próprio papel em si mesmo, como sujeito, como observador e como aquele que interage e faz acontecer.

Com este exercício - constelações da alma - podemos resolver muitas questões internas. Desde o medo mais tenebroso, ao trauma mais antigo ou até mesmo à projecção do que desejamos ser  no futuro. Naturalmente, e lembro que é o meu ponto de vista baseado em todos estes anos de atendimentos e experiência no trabalho de crescimento pessoal, é importante ser considerado todas as partes para que o exercício seja eficaz e se 'enraíze' no dia-a-dia. Refiro-me à criação de condições para as rotinas essenciais à realização do que se pretende.

Porquê constelações da alma?
Constelações da alma, porque não controlo nada, não controlamos nada.
Os meus exercícios partem sempre de um principio natural ou aleatório, onde as frequências energéticas presentes tem o poder e a oportunidade de se escolherem e se poderem representar ou curar. A desconstrução associada a esta prática terapêutica, criada por mim, permite às pessoas envolvidas a sensação de fazer parte do processo criador original e a percepção nua e crua de que, somos apenas personagens aqui, nesta grande representação que é a vida.

O meu papel como facilitador é meramente mediador, garantir a fluidez da verdade em todo o exercício. 'Da alma', porque no que toca ao universo da alma, tudo é mais puro e original. Mais verdadeiro e autêntico. Algo que só é possível acontecer quando o facilitador está desapegado da necessidade de controlar ou desejar ser 'aplaudido'. 

Queres organizar um Workshop de Constelações da Alma?
Queres trabalhar a temática 'relacionamentos' na tua vida... na tua família... no teu emprego?

Podemos fazê-lo de várias formas e em vários lugares. Fala comigo e agendamos!

Para já, este exercício fará parte do programa do próximo retiro de silêncio a acontecer nos próximos dias 12, 13 e 14 de Outubro, no Pomar da Serra em S. Teotónio - Odemira. (Ainda tenho vagas)

Abraço-te em amor e paz.

Dia feliz.

Joaquim Caeiro
Retorno à Fonte - O Caminho do Coração
Life Coach & Psicoterapeuta da Alma
jcaeiro@live.com.pt / 960 059 885

Sem comentários:

Enviar um comentário