Nunca fui de ir atrás só porque era moda. Por teimosia, segui sempre o meu instinto interior, mesmo que isso mais tarde se revelasse contra mim.
Nunca fui de fazer as coisas porque alguém havia comprovado que funcionava - dei sempre preferência à comprovação inloco, ou seja, em mim mesmo - só aquilo que eu próprio comprovava em mim, poderia funcionar para mim!
Percebi que essa era a mensagem que o ser humano precisava lembrar - tornar-se fiel a si mesmo e seguir-se. Parando de seguir os outros e o que 'cientificamente' está comprovado.
O jejum, a alimentação vegetariana, na minha vida surgiu dessa forma - naturalmente.
Ainda me lembro das longas conversas com almas lindas que fizeram a diferença na minha caminhada de autodescoberta, em que me era aconselhado a fazer isto ou aquilo porque era mais saudável, ou melhor para o meu corpo. Eu ouvia, argumentava, mas no fundo de mim, havia uma voz que me dizia: 'só fazes quando sentires que é válido em ti, caso contrário, estás a seguir o mesmo padrão que antes te fez sentir perdido!'
Acredito que a vida é maravilhosa demais para ser gasta em 'terapias', 'curas' ou 'evoluções ditas espirituais'. Enquanto o fizermos, não estaremos a viver. O meu despertar foi libertar-me desse padrão e crença - ter que evoluir ou tornar-me um ser espiritual. E hoje, após 9 anos de auto investigação e caminhada interna, consciente desse despertar e dessa verdade, olho para tudo isso e apenas lhe chamo - esquecimento do que somos na realidade - porque na verdade sempre fomos aquilo a que o homem tentou denominar de 'espiritual'!
Nos retiros, no Monte da Fonte, tenho vivido experiências que validam cada vez mais esta crença - tudo começa e termina em mim. Se eu sei e me sinto disponível, experimento e faço, se me apetece, eu experimento - sempre respeitando em primeiro lugar este templo que me acolhe e me permite experienciar tudo isto aqui.
Como já conhecia o mecanismo interno de adaptação, a nível do consciente, do subconsciente, da emoção, do pensamento e do ser - gradualmente, fui-me entregando a uma jornada que sabia que só me poderia levar ao centro de mim. Primeiro a meditação que me despertou para esta realidade (despertei aos 33 anos, mas já facilitava e praticava meditação desde os 29 anos), depois a vivência e a prática de mim em mim, em verdade de tudo o que sou e vibro... lentamente e em simultâneo, fui integrando a alimentação, a pedido do meu corpo, sem rigidez nem fundamentalismos - por mais certos que estivessem, trata-se da minha existência em mim - e a seu tempo, no decorrer de cada vivência, em retiros e trabalhos com outros, que são o que eu sou, deixei-me levar à descoberta da necessidade do jejum.
Percebi que, o corpo precisa de 'folga'.
Percebi em tempo real, no meu próprio corpo e à 'minha custa', que a atenção que podemos dar à vida, pode ficar limitada, no uso dos sentidos, quando comemos demasiado.
Percebi que, quando bebemos muita água, o corpo rejuvenesce e revitaliza-se naturalmente, pois reconhece em si mesmo o mesmo componente.
Percebi que, se consegue acionar o interruptor 'fome' ou o interruptor 'satisfação'.
Percebi que, mais do que qualquer ação que mexe com a alimentação, devemos ter em conta a fidelidade e coerência, relativamente ao tempo/espaço em que vivemos a experiência e os registos/padrão incutidos nas células.
Percebi que, sempre que fazia jejum de uma manhã, por exemplo, ganhava novo fôlego, uma espécie de um 'novo respirar' e isso incentivou-me a prolongar o jejum.
Mas atenção, eu percebi isso, porque já estava a viver em paz e amor com tudo e com todos. E isso é a deixa principal para todo este processo interno de transformação.
Hoje em dia fazem-se muitos retiros para a desintoxicação do corpo, mas perde-se a essência primordial essencial de todo o processo, quando o fazemos apenas porque alguém comprovou que é válido ou saudável. E depois resulta em altos e baixos, em distúrbios que em vez de darem mais vida, podem até tirar vida.
Com tudo isto, quero dizer que, nos meus retiros, em todo esta trabalho de partilha do que sou, pretendo fazer aquilo que é essencial - ajudar-te a criar condições para te tornares aprendiz de ti mesmo, observador, testemunha da tua existência que é maravilhosa e única. Ao estar do teu lado, acompanhando-te e ajudando-te a pensar e a decidir, de uma forma imparcial e desinteressada, poderás construir uma 'estrada' semelhante aquela que eu criei, e continuo a criar - tornar a vida uma aventura saudável e prazerosa.
O que é que me faz fazer jejum e caminhar para viver da luz?
A consciência de que sou luz e amor, e de que apenas preciso de existir nessa vibração para me sustentar.
Comecei com semanas de silêncio. Nessas semanas de silêncio experienciámos tudo - desde grandes banquetes até passar uma manhã apenas a água.
Depois passei aos 10 dias. Percebi que precisava de mais margem para criar espaço/tempo para a adaptação do que queria fazer. Após esta experiência, fui empurrado para os 21 dias - o mesmo número de dias que se encontra na base do meu despertar em 2007 em cuba - que é o tempo que o corpo leva a validar algo como certo, coerente e verdadeiro para a sua existência única.
Ao perceber que o jejum fortalece e regenera o sistema imunitário - pois observei muitas vezes, ao nível celular, em consciência, de que, o fato do corpo não ter o que repor, vai usar o potencial 'suplente', criando novamente o processamento memória do resgate da origem primordial, a subsistência - nesta consciência de paz e amor e observando o mundo como se encontra esquecido dele próprio, só nos compete seguir em frente, para que o homem acabe com a crença de que precisa de ter para viver.
Percebi que o ser humano morre, por falta de conhecimento - pois se soubessem como usar o seu próprio corpo e se virassem para dentro, encontrariam ainda muitas formas de sobreviver. E esta consciência é tão subtil, tão frágil e tão ainda incrédula para muitos, que traçar esta caminhada parece um ato heróico - mas na verdade é um ato de responsabilidade para comigo e para com o mundo, de acordo com a minha consciência desperta.
Aproximam-se 13 dias de silêncio, onde iremos experimentar o jejum e criar condições para nos tornar-mos testemunhas de nós mesmos e acompanhar todo o processo interno de adaptação. 13 dias que servirão para me preparar para mais 22 dias no básico em Cuba, que com certeza fortalecerão toda a minha existência - porque apenas sou, e nada mais quero do que ser apenas este amor e esta verdade.
De alguma forma, a providência divina, e o meu poder de co-criação para comigo mesmo, tem-se revelado um sucesso tremendo e até arrepiante de tanta sincronia e detalhe.
Não pretendo evangelizar, catequizar ou arrastar multidões para um estilo de vida - eu já cheguei, por isso tudo está bem, seja em que situação for - pretendo apenas seguir em mim, neste ser eterno que me acolhe e me permite dançar nas águas límpidas do amor e da verdade e ser o exemplo real de algo feliz, livre e inteiro.
Jejum é na verdade capacitar o meu corpo de poder viver uma experiência genuína com a minha alma. É aproximar-me mais da origem, é amar-me mais e ser mais este deus que sou e somos.
Questões, ou se desejares ouvir-me falar sobre esta temática, podes convidar-me e estarei disponível para o fazer gratuitamente - porque a vida é grátis!
Com amor e profunda gratidão, reconheço sempre a cada instante de que tudo o que sou, é graças à tua presença em mim!
Somos UM e sei que os passos que eu der, tu também os darás, ao teu tempo, e ao teu ritmo, mas serão dados com toda a certeza!
Amo-te
JC
960059885 (sms) | jcaeiro@live.com.pt
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