6 de março de 2021

Vidas passadas ou Restícios do passado?

Muitas vezes, antes do meu despertar, confrontei-me com esta questão sobre 'vidas passadas':

- seria possível eu ter vivido uma outra vida integralmente... ou será que o que sentia e ressoava eram apenas pequeníssimos fragmentos de memórias aleatórias, que, pelo facto de estar disponível para as 'ver' e 'sentir', se tornavam mais vincadas e significantes?

Sempre que ouvia alguém justificar a sua vida actual com o 'carma', pensava - 'Que raio de divindade existe a governar isto tudo, que nem uma vida completa nos deixa viver sem termos que cá voltar com restícios de um passado que nada tem a ver com este tempo??'

À medida que ia praticando a meditação, o meu ser aprofundava a clareza sobre esta matéria. Até que um dia, tudo foi integrado e esclarecido (ou pelo menos assim acredito) - ao viver a lembrança da minha experiência quase-morte dos 16 anos, já com uma maturidade completamente diferente, percebi que sou/somos a própria divindade criadora e que não existem 'vidas passadas' e sim minúsculos fragmentos celulares, que nos ligam e fazem sentir a conexão com os nossos antepassados.

Somos, respiramos, vibramos, em nós, partículas e fragmentos dos nossos antepassados que por aqui passaram - desde o Buda, ao Hitler! De alguma forma, através da frequência vibratória, é criada uma matrix ou rede de conexão, que nos torna UM. Ou seja, quando morremos, apenas nos transformamos - a nossa essência original energética ou alma, permanece igual a si mesma - apenas retorna a casa... que é a fonte primordial.

Nessa fonte, onde não há identificação, personalidade ou ego, tudo é integrado e 'misturado' ou associado ao que vibra de forma semelhante. Tudo isto naturalmente tem uma base de experiência muito profunda em mim, caso contrário seria difícil chegar a este tipo de conclusão.

Ainda me lembro do momento em que senti o chão a sair-me debaixo dos pés, quando assimilei a possibilidade de que tudo o que acreditava antes estava 'errado'... e que o facto de isso acontecer, obrigar-me-ia a assumir de vez a total responsabilidade sobre esta existência.

Talvez tenha sido uma forma que arranjei para explicar o que não conseguia explicar - seja como for, prefiro permanecer nesta linha de crença, que é mais 'palpável' e próxima do que sou AGORA, do que basear uma vida inteira em crenças que nada tem directamente a ver com o presente actual.

Mas isso sou eu, que escolhi ser livre!
Tu podes escolher manter-te na tua crença, se isso te der paz, amor e se te permitir viver a vida em total harmonia e felicidade.

Lembra-te que és o que acreditas que és.
Se a tua crença se baseia na ideia de que, para viver o amor e a liberdade precisas sofrer, então será isso que irás viver - atraindo mais do mesmo com a repetição do registo comportamental.

Se a tua crença se baseia na ideia de que JÁ ÉS livre e inteiro, então será isso que irás experienciar - atraindo mais do mesmo com a repetição do registo comportamental.

És tu que decides! És tu que caminhas. És tu que sentes.

Joaquim Caeiro
Psicoterapeuta da Alma

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