5 de maio de 2019

Ser autêntico

Um dia percebi que deveria ser fiel a mim mesmo e tornar-me na melhor expressão desta personagem com o nome Joaquim. Percebi que a minha liberdade se encontrava nesse acto de pura entrega ao natural que eu respirava e expressava, sem qualquer bengala, amuleto ou condição.

Ainda se confunde autenticidade com excentricidade.
Autenticidade não carece de exposição, não se apoia no deslumbramento, nem precisa de aprovação. Excentricidade, precisa de ser validada, enquadrada e evidenciada.

Podemos passar uma vida inconscientes e sem acesso ao discernimento gerado pela tomada de consciência. Mas agir com conhecimento de causa e continuar a esconder-se atrás das muletas do ego, poder danificar a estrutura da real autenticidade do eu aqui como humano.

Quando percebi que teria de ser fiel a mim mesmo para ser livre e feliz, percebi em simultâneo que essa condição não obrigava a nenhuma associação ou 'muleta'. Eu não tinha de ser 'espiritual'... eu não teria de ser o 'melhor'... eu não teria de ser 'o exemplo' - eu teria de ser apenas eu mesmo, ciente e responsável pela minha expressão fidedigna e autêntica.

Não faças confusão - seres tu mesmo é seres apenas com aquilo que é em ti mesmo. Qualquer coisa a mais disso já deixa de ser autenticidade e verdade.

Sê livre de ti mesmo, Sê livre da própria vontade em seres 'diferente'.
Sê livre da necessidade de exaltação contínua e da excitação doente da celebração constante.
Tu és calma, serenidade, amor e presença. És muito mais que paixão...

Enquanto não viveres a tua plena autenticidade, poderás viver momentos de puro orgasmo existencial, mas terás outros tantos momentos de pura incerteza e sensação de 'vazio', sem sentido e dúvidas. 

Ser autêntico é ser apenas eu mesmo em paz, em gratidão e amor, sem precisar de nada mais além disso. Porque tudo o que vier depois disso, marcará a nova distância entre a verdade e a ilusão.

Sê coerente e sobretudo AMA-TE!! 

Joaquim Caeiro
jcaeiro@live.com.pt

Sem comentários:

Enviar um comentário