14 de fevereiro de 2017

O Retorno à Origem Primordial

Abandonei este corpo e deixei-me levar por um puxão de Deus. Um puxão ao nível da base das asas...
Olhei, pelos olhos da alma e vi luz...
Luz brilhante, ofuscante e morna.
Um movimento fazia a minha consciência dançar... e era sugado literalmente por um funil de luz, de todas as cores do universo...

Sentia-me leve, feliz - além do conceito do que aqui nesta condição é feliz, muito mais do que 'feliz'! - sentia-me parte do universo... o próprio pulsar do cosmos e lentamente deixava-me ir, com essa luz de todas as cores...

Numa paragem quase 'brusca', 'fui colocado' em frente a uma grande sombra castanha... parecia apenas uma parede castanha... como a encosta de uma montanha... um pedaço da encosta do universo... e ao mesmo tempo a encosta de um pequeno jardim...

Senti uma paragem... senti uma espécie de presença a compor-se... e num instante, todo o meu eu consciencial - aquele que identifica e dá nome às coisas - começa a processar tão rapidamente como a velocidade da luz, onde na própria rapidez, se conseguia clareza e discernimento...

Sinto-me a 'olhar', com os olhos da alma, para o canto superior esquerdo dessa 'parede castanha'. Imediatamente surgia um brilho dourado... uma luz incandescente dourada e dela se forma, um símbolo. Muito próximo do 'Y', com um ponto e mais dois tracinhos, parecia um código! Na mesma rapidez que este símbolo de formou, 'entrei' nele e acedi ao interior deste símbolo, ou o que estava por detrás dele.
Se existia rapidez em todo esse processamento, então 'dentro' do símbolo, a rapidez era ainda maior...

Era como se estivesse a ver por um 'canal especial', que me dava acesso à existência... ao universo... e à minha origem. Consegui ver coisas, formas, cores, que não sei se alguma vez terei capacidade de traduzir e partilhar. O mais importante, era que nessa mesma rapidez, eu tinha capacidade de entender... assimilar e ter puro prazer - como se reconhecesse aquilo de algum lado... como se eu próprio me reconhecesse ali!

Saí do símbolo. Sinto a sensação de saída 'para trás', e volto a ver o símbolo à frente, com a mesma nitidez, mas agora mais estático. Sou levado a olhar para o que surge ao lado - outro símbolo que parecia um simples traço com um uma curva, sobreposto a outro traço e um ponto. Brilhou e pareceu chamar-me para 'dentro' dele - e sem controlar fosse o que fosse, eu entrava neste símbolo...

Na mesma rapidez, foi-me mostrado uma outra área da origem da existência. Percebi e vi como se processam as ligações humanas e como a evolução aconteceu e continua a acontecer. Senti profundo amor, gratidão e compaixão - sentimentos que defino nesta condição, pois no momento, palavra alguma poderia definir tamanha sensação de plenitude humana. A conexão com o 'humano'... a verdade da existência humana e a sua ligação inseparável ao que 'não é humano' - ou seja, foi-me permitido ver com os olhos da alma de que TUDO É HUMANO!

Fui puxado novamente para fora, e numa sequência que quase consigo passar na sua totalidade para o papel em desenho, sou levado a um determinado símbolo, que na sua forma estrutural me lembra um alicerce - e aí, ao entrar nele, sou confrontado com algo que os meus 'olhos da alma' identificam como que, algo que sai do centro de mim - não havendo 'mim'... não havendo corpo...  a sensação foi de corrente forte... de uma fonte que se abre...
Aparece-me um rosto, que reconheci. Esse rosto olhava para mim e ao aproximar-se virou-se e encaixou-se em mim. Nesse instante, senti-me a retornar a 'casa'... a uma referência gigante de amor e consciência... uma ligação que me transportou para uma espécie de portal entre tempos, espaço e consciências...

Esta foi a minha experiência aos 16 anos, após 39 dias de cama à espera da morte.
Poderia chamar-lhe experiência quase-morte, mas prefiro chamar-lhe uma experiência à origem primordial.

Após sentir o 'encaixe' do rosto em mim - senti-me a voltar ao corpo... a esta densidade que caracteriza esta realidade irreal da forma... abri os olhos, e ainda conseguia sentir a sensação de nebulosidade colorida e sensação de amor pleno em todo o meu ser. 

Lembro-me de que o primeiro pensamento foi:
'Guarda para ti tudo o que viveste, torna-te um humano 'normal' e um dia terás oportunidade de partilhar!'
A seguir surge uma espécie de 'lembrete' - 'vais morrer aos 33 anos'!
Ignorei completamente esse insight, derivado ao facto de ter acreditado que era Jesus...

Recuperei, reaprendi a andar e tornei-me um humano 'normal'.
Um humano que se foca em estudar, trabalhar, ganhar dinheiro e conquistar coisas...

Ao ver o filme 'Lucy', o outro dia, e tendo em conta todo o timming que estou a viver, derivado ao fecho de um ciclo e início de outro, algo em mim reconheceu e relembrou com uma certa clareza, maturidade e amor, esta experiência, dando-me a inspiração para escrever sobre ela e também avançar com uma partilha, através de palestras, sobre esta minha experiência, que no fundo se tornou o meu alicerce...

Deus, a criação, o próprio pulsar do cosmos sou eu, és tu...

Se todos despertarmos para esta verdade, o mundo tornar-se-à amor e VERDADE - o prometido paraíso!!

Convido-te desde já a estar presente na minha primeira palestra sobre esta experiência, onde partilharei o que senti e desenvolverei a minha perspectiva e visão do que é a vida!

Local: Akademia do Ser | Paço D'Arcos
Data: 21/04 - Horário: 20,30h
Inscrições: 960059885 (sms)
Valor: 7€

(estou disponível para realizar esta palestra em qualquer parte do país e condição. No teu grupo de amigos, na tua família, na tua colectividade, empresa, igreja ou religião... :-) )

Espreita este vídeo, que ilustra esta temática: A grande descoberta 

O filme que te falei - 'Lucy': Lucy

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